Petroleiros se mobilizam para “a maior greve da história da categoria no Brasil”, avisa coordenador do Sindipetro, Valnísio Hoffmann
A categoria petroleira capixaba está disposta a fazer “a greve do fim do mundo”, conforme afirma o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Estado (Sindipetro/ES), Valnísio Hoffmann. “Chamamos de greve do fim de mundo porque estamos em um abismo, ou a gente reage ou cai e morre”, diz, destacando que, nesta semana, a entidade dialogou com os trabalhadores capixabas para se mobilizar em prol da greve, realizando setoriais em Linhares e Aracruz, no norte do Estado, e com petroleiros embarcados, em Vitória.
Hoffmann afirma que entre os capixabas foi perceptível nas setoriais que “estão com sangue nos olhos e vontade de defender a Petrobras e o povo”. Essa realidade, afirma, não é diferente em petroleiros de outros estados.
A assembleia para deflagração da greve no Espírito Santo ainda não tem data marcada. De acordo com o coordenador geral do Sindipetro/ES, na próxima sexta-feira (5), haverá uma reunião do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), na qual será deliberado movimento.
Uma das motivações para a adesão são as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que voltaram a falar da possibilidade de privatização da Petrobras. Segundo a FUP, “eles preparam, a portas fechadas, um projeto de lei que autoriza a União a entregar ao mercado financeiro as ações que ainda restam sob controle do Estado brasileiro. Ou seja, para acelerar a privatização da maior empresa nacional, o governo Bolsonaro quer alterar a Constituição, com o aval da Câmara e do Senado, como está fazendo com os Correios e como já fez com o Sistema Eletrobrás”.