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Moradores querem comprovação da necessidade de retirar árvore no Centro

Acionada por dono de imóvel, prefeitura de Vitória alega dano ao pavimento pelas raízes da árvore, que está no local desde 1925

A possibilidade de retirada de uma árvore em frente à praça Ubaldo Ramalhete, no Centro de Vitória, fez com que a comunidade acionasse a prefeitura para esclarecimentos técnicos sobre a necessidade da ação. Moradores apontam que o dono de um imóvel alega que a raiz da planta afeta a estrutura de sua propriedade, entretanto, a comunidade cobra estudos técnicos que comprovem isso, uma vez que a árvore, um oiti, está no local desde 1925.

Foto: Divulgação

A moradora do Centro, Cristiane Martins do Canto, relata que, primeiramente, foi feita uma poda “drástica”. Posteriormente, a comunidade soube que a árvore deveria ser extraída. Os moradores reivindicam que a extração seja suspensa até que se tenha informações técnicas do laudo da prefeitura, para saber se não há alternativas. Eles chegaram a acessar o sistema da gestão municipal, mas não tiveram acesso ao documento, que é público, devido à invasão de um hacker, que causou a retirada do sistema do ar.

Até o momento, a prefeitura encaminhou para a Associação dos Moradores do Centro (Amacentro) somente uma parte do laudo. O presidente da entidade, Lino Feletti, informa que o argumento é de que não é possível ter acesso ao restante do parecer, porque não foi inserido no sistema devido à ação do hacker. Nessa parte do laudo, consta que “após vistoria técnica ao local, foi constatado tratar-se de um exemplar arbóreo com copa densa, além de afloramento radicular [raízes superficiais causando danos ao pavimento] e posteriores danos ao imóvel frontal”.


Cristiane ressalta que “a árvore pertence à comunidade, faz parte da história do Centro. Se de fato tem que ser retirada, se de fato está prejudicando a estrutura do imóvel, a gente vai querer trabalhar a política de compensação, outra tem que ser colocada. Não precisa ser uma muda, que demora a crescer, sabemos que no viveiro da prefeitura tem árvores já grandes que podem ser plantadas”, afirma.
A Amacentro pontua ser contrária a remoções injustificadas de árvores, mas diz saber que “em alguns casos específicos pode ser necessária a remoção”.

Lino destaca que, até o momento, não há informações sobre outra atividade de arborização ou desarborização na região do Centro. De acordo com ele, em setembro deste ano, quando foi apresentada a proposta de estudo para reurbanização das ruas Gama Rosa e Sete de Setembro, a Amacentro conversou com o secretário de Desenvolvimento da Cidade e Habitação, Marcelo de Oliveira, para defender que no projeto seja contemplada a questão da arborização.


A proposta da iniciativa de reurbanização é transformar as duas ruas em um polo gastronômico, com enterramento da fiação elétrica para evitar poluição visual, além de fazer obras de acessibilidade e restauração da praça Ubaldo Ramalhete.

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