Reunião da Federação dos Petroleiros para deliberar sobre greve foi remarcada para esta sexta
A reunião do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) foi remarcada para esta sexta-feira (12), para disponibilizar mais tempo de diálogo dos sindicatos com as bases sobre a possibilidade de deflagrar uma paralisação. “Com as novas declarações de Bolsonaro, nossa vontade de fazer greve é maior”, ressalta o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES).
Ele se refere ao fato de que, nessa sábado (6), após uma motociata no Paraná, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar que o governo federal estuda formas de privatizar a Petrobras, dizendo que almeja “se livrar” da estatal.
Antes, tanto Bolsonaro quanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, já haviam falado da possibilidade de privatização da Petrobras. Segundo a FUP, “eles preparam, a portas fechadas, um projeto de lei que autoriza a União a entregar ao mercado financeiro as ações que ainda restam sob controle do Estado brasileiro. Ou seja, para acelerar a privatização da maior empresa nacional, o governo Bolsonaro quer alterar a Constituição, com o aval da Câmara e do Senado, como está fazendo com os Correios e como já fez com o Sistema Eletrobrás”.
O adiamento da reunião do Conselho Deliberativo da FUP, que seria na última sexta-feira (5), foi necessário porque alguns sindicatos, a exemplo de entidades localizadas nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, não conseguiram realizar as setoriais, ou seja, o diálogo com os trabalhadores sobre a possibilidade de uma greve da categoria. O impedimento foi devido à necessidade de realização de assembleias sobre mudanças de escala impostas pela Petrobras em algumas localidades. Entretanto, afirma Valnísio Hoffmann, não se trata de um enfraquecimento do movimento grevista.