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​Manato e Erick disputam preferência de bolsonaristas no Espírito Santo

Manato aguarda a decisão de Bolsonaro para definir o partido, enquanto Erick busca fortalecer a densidade eleitoral

Leonardo Sá

As representações no Espírito Santo do PTB e Republicanos, siglas do “Centrão”, grupo de partidos fisiológicos de direita da base aliada do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, oscilam entre o ex-deputado federal e governista de raiz, Carlos Manato (sem partido), e o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), pré-candidatos ao governo do Estado em 2022.

A dúvida sobre quem apoiar depende da escolha partidária do presidente da República e, também, da definição dos cargos que estarão na disputa, com vantagem para Manato. Pré-candidato declarado à sucessão de Renato Casagrande (PSB), ao contrário de Erick Musso, que ainda não declarou o cargo que irá disputar, o ex-deputado federal praticamente está em campanha, inclusive com o PTB de portas abertas para recebê-lo.

O convite, feito em setembro, só não foi fechado porque Manato aguarda a definição de Bolsonaro, que nos últimos dias incluiu o Republicanos entre suas preferências de filiação, ao lado do PP e do PL. Os meios políticos apontam que ele fechará com o partido ligado ao empresário Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deu, presidida pelo deputado Marcos Pereira, justamente o partido de Erick Musso. 

Uma frente de partidos da direita e da extrema direita está em formação e, caso Bolsonaro opte pelo Republicanos, o quadro se altera no Espírito Santo, segundo o mercado político, com vantagem para Manato, considerando a relação que ele mantém com a gestão Bolsonaro. Nesta semana, em ato que fortalece suas ações políticas, a deputada Soraya Manato anunciou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estará no Espírito Santo, para visitar os hospitais do Estado.

Essa movimentação surge no âmbito nacional e leva em conta, também, divisões registradas no eleitorado do PP e PL no Nordeste e em áreas do Sudeste com relação à aceitação de Bolsonaro. Por ter um quadro formado majoritariamente por evangélicos, o Republicanos seria mais fácil de superar diferenças ideológicas por conta do poder das lideranças das igrejas.

Apesar desse cenário, o PL se mantém entre as preferências de Bolsonaro. Nesta segunda-feira (8), circularam informações de que ele poderia anunciar até esta terça-feira (9) a filiação ao partido do ex-deputado federal Valdemar Costa Neto. A articulação é costurada pelo ex-senador Magno Malta, candidato ao Senado, que, caso se confirme, sairá fortalecido, levando adiante articulação já iniciada com Manato.

Também nesta segunda, Erick Musso deu mais um passo nas movimentações visando fortalecer a densidade eleitoral, apontada como baixa. Lançou um WhatsApp pessoal para manter contato com o público. No vídeo da campanha de divulgação do serviço, o presidente do legislativo estadual diz que “quer construir um Estado com a participação de todos, por meio de um debate amplo e democrático, viabilizando políticas públicas para os 78 municípios capixabas”.

Lideranças políticas afirmam que Erick terá que alcançar, até abril de 2022, pelo menos 10% nos levantamentos feitos para consumo interno junto ao eleitorado. Caso contrário, resta-lhe concorrer à Câmara Federal ou à reeleição para a Assembleia.

Uma situação que gera outros complicadores, decorrentes dos bolsonaristas ou simpatizantes do presidente da República, que desde já estariam manifestando o desejo de se filiar ao Republicanos e encontram barreiras. O mercado político local inclui nessa relação a deputada estadual Janete de Sá (PMN) e os vereadores de Vitória Deninho Silva e Luiz Emanuel Zouain, ambos do Cidadania.

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