As assembleias para deliberação sobre a greve dos petroleiros tiveram que ser adiadas pela segunda vez. Nessa sexta-feira (12) aconteceria a reunião do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), onde a possibilidade de paralisação seria discutida para, posteriormente, os sindicatos, inclusive o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES), deliberarem em suas bases. Entretanto, por problemas de saúde de um coordenador da Federação a reunião não pôde ser realizada e ainda não foi marcada nova data.
Entretanto, apesar do novo adiamento, segundo o coordenador geral do Sindipetro/ES, Valnísio Hoffmann, o propósito de fazer greve “continua de pé”. “A cada semana, Bolsonaro e Paulo Guedes dão declarações no sentido de que não querem e não irão mexer na política de preços e irão privatizar a Petrobras”, diz. Hoffmann destaca o novo aumento da gasolina, do diesel e do gás. Na última semana, o preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 6,753, uma alta de 0,64% se comparado ao registrado anteriormente, que era R$ 6,710.
No caso do diesel, nas duas últimas semanas o valor passou de R$ 5,339 para R$ 5,356, aumentando, portanto, 0,3%. O preço do gás de cozinha subiu de R$ 102,48 para R$ 102,52, elevando, portanto, em 0,03%. Hoffmann também faz críticas às declarações de Bolsonaro (sem partido) e Paulo Guedes sobre a privatização da Petrobras. Para o diretor do sindicato, a venda da estatal pode ser uma fonte de recursos para a campanha eleitoral 2022, aumentando o número de emendas parlamentares na tentativa de convencer a população de que está fazendo algo em prol dela.
O impedimento foi devido à necessidade de realização de assembleias sobre mudanças de escala impostas pela Petrobras em algumas localidades. No Espírito Santo, foi possível realizar as setoriais, que ocorreram em Linhares e Aracruz, no norte do Estado, e com petroleiros embarcados, em Vitória. Nessas atividades, segundo Hoffmann, foi perceptível que os petroleiros capixabas “estão com sangue nos olhos e vontade de defender a Petrobras e o povo”. Essa realidade, afirma, não é diferente em petroleiros de outros estados.
Hoffmann afirma que entre os capixabas foi perceptível nas setoriais que “estão com sangue nos olhos e vontade de defender a Petrobras e o povo”. Essa realidade, afirma, não é diferente em petroleiros de outros estados.