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ES reduz para três meses o prazo para dose de reforço na população idosa

Terceira dose entre os adultos acima de 18 anos também será regulamentada, mas com intervalo de cinco meses 

Os idosos são a prioridade de vacinação contra Covid-19 no Espírito Santo e, nesse sentido, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) decidiu reduzir mais uma vez o prazo para aplicação da terceira dose ou dose de reforço nesse público, desta vez para três meses. A expectativa é de que a partir desta sexta-feira (19) a nova regra comece a valer, após publicação de uma resolução formalizando a decisão, prevista para esta quinta-feira (18).

O incremento da imunização das pessoas com mais de 60 anos deve ser “o centro de mobilização de esforços por parte dos serviços de saúde e da população”, ressaltou o secretário Nésio Fernandes, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (17) ao lado do subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

A eficácia das vacinas na população idosa é menor, pois a resposta imune do organismo dos idosos é mais baixa, explicou o secretário. O esquema de reforço, por sua vez, definido a princípio para seis meses após a segunda dose, depois cinco e o atual, de quatro meses, se mostraram todos inadequados para estimular a resposta imune necessária.

Ao cruzar os dados de óbitos, internações e casos no Espírito Santo, a Sesa identificou que 96% dos óbitos registrados entre a população que recebeu as duas doses ocorreu com pessoas com mais de 60 anos. E entre elas, “em média, acontecem 90 dias após a aplicação da segunda dose”, destacou Nésio Fernandes. “Desta maneira, antecipando o reforço para 90 dias, podemos ter um resultado de vida real”.

Reforço em adultos não-idosos

Já a terceira dose entre os adultos entre 18 e 60 anos também será regulamentado pela mesma resolução estadual, mas, nesse momento, com intervalo de cinco meses após a D2, e com vigência ainda nesta semana.

Essa estratégia “terá papel importante no controle da circulação do vírus em relação a casos leves, que podem ser favorecidos pela retomada das atividades econômicas e social, principalmente as festas de fim de ano, verão e carnaval, garantindo ao Brasil um risco menor de oscilações positivas no comportamento da doença no período de verão”, ponderou Nésio Fernandes, ao reafirmar que o Estado apoia a decisão do Ministério da Saúde de aplicar a dose de reforço nesse público. “Temos vacina suficiente para imunizar toda a população nos próximos 15 dias”, garantiu.

Queda sustentada

Segundo os gestores, o Espírito Santo já aplicou mais seis milhões de doses. Tem 95% da população adulta coberta com a primeira dose e pouco mais de 150 mil pessoas que ainda não se vacinaram. Essa crescente cobertura vacinal tem promovido um novo comportamento de “queda sustentada e contínua de internações, casos e óbitos por Covid-19”, ressaltaram os gestores da Sesa.

A atual média móvel de 14 dias de casos novos é de 360 casos/dia, equivalente ao registrado na primeira quinzena de maio de 2020. As internações em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) apresentaram queda de 25%, sendo de 175 pacientes/dia na rede pública, segundo dados desta terça-feira (16).

Quanto aos óbitos, considerando o período de 25 de outubro até agora, a queda é de 40% na média móvel de 14 dias, saindo de onze óbitos/dia em outubro para seis nesta terça-feira.

Risco muito baixo

O secretário informou que, na manhã desta quarta-feira (17), uma terceira microrregião, a Noroeste, alcançou a meta de vacinação de 90% dos adolescentes com a D1 e que o Caparaó também deve atingi-la até quinta-feira (18).

A expectativa é de que, ainda neste mês de novembro, ao menos três microrregiões que já alcançaram dois dos três indicadores para a classificação como risco muito baixo, conquistem as três metas e fiquem com a cor azul no Mapa de Risco. Os três indicadores são, além de 90% de D1 para adolescentes, 80% de D2 para adultos entre 18 e 60 anos, e 90% de D3 em idosos. “É preciso um esforço para que todas as microrregiões alcancem o risco muito baixo”, convocou.

Busca ativa

Para chegar até as pessoas que ainda não se vacinaram dentro do prazo, o subsecretário Reblin disse que em breve pode ser necessário implementar outras estratégias para além das salas de vacina. “Teremos que ir nas casas das pessoas, fazer eventos, adotar estratégias diferentes. Cada dose aplicada é importante”, disse, lembrando do Dia Nacional de Vacinação contra Covid, agendado para este sábado (20) pelo Ministério da Saúde.

Público pediátrico

Nésio Fernandes abordou ainda a expectativa de vacinação das pessoas com menos de 12 anos. Apesar de o governo federal ainda não ter dado autorização nem adquirido doses para esse público, é provável que a imunização das crianças comece em breve, a partir da Pfizer e Coronavac. “Para alcançar 90% da população brasileira vacinada, teremos que imunizar a população pediátrica”, informou, ressaltando que “as agências regulatórias de todo o mundo estão autorizando uso de diversas vacinas na população pediátrica, com base em estudos de segurança, efetividade e vida real, onde as vacinas se comportam como estratégias de prevenção primária extremamente seguras e eficazes de proteção contra o vírus”.

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