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Magistério de Guarapari aprova ‘operação tartaruga’ a partir do dia 24

Decisão foi tomada em plenária nesta quarta, após a gestão municipal não responder às reivindicações 

A partir da próxima quarta-feira (24), os professores da rede municipal de Guarapari darão início à “operação tartaruga”, conforme deliberado em plenária realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), após não terem suas reivindicações atendidas pela gestão do prefeito Edson Magalhães (PSDB). A operação consiste em trabalhar metade do período. No turno matutino, as aulas serão das 9h30 às 11h30. No vespertino, das 13h às 15h; no noturno, das 19h às 21h.

Após a plenária, realizada na manhã desta quarta (17), os trabalhadores fizeram uma caminhada nos arredores da Secretaria Municipal de Educação para dialogar com a comunidade sobre a decisão e suas motivações. Antes, foi realizada uma reunião com a secretária municipal de Educação, Tamili Mardegan da Silva; a secretária de Administração e Gestão de Recursos Humanos, Sônia Meriguete; representantes da Procuradoria Municipal e os diretores do Sindiupes, Adriano Albertino, Hélio Bubach e Tiago Mello.
Professores de Guarapari durante a plenária. Foto: Reprodução

A conversa girou em torno das reivindicações do magistério, já registradas em ofícios encaminhados para a gestão municipal e em carta aberta. Adriano Albertino relata que, na reunião, a gestão municipal não apresentou propostas concretas para as reivindicações, sendo as principais delas a questão do fim do achatamento da tabela de vencimentos e o ressarcimento dos profissionais pelos investimentos feitos com recursos próprios durante a pandemia para aquisição de equipamentos eletrônicos, com o objetivo de ministrar aulas online.

A alegação, diz o dirigente sindical, é de que embora haja recurso para isso, há receio no que diz respeito à questão legal, com base na Lei Federal 173/2020, que proíbe reajuste para servidores de todas esferas até 31 de dezembro de 2021. Entretanto, afirma Adriano, a lei não proíbe reposição inflacionária e cumprimento do piso salarial.

Os docentes relatam que a remuneração está defasada, com perdas históricas e uma política de complementação que não aplica o piso do magistério na carreira profissional. Eles denunciam que houve aumento no recurso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas redução no custeio de pessoal.

A eleição para diretores de escola também é uma das reivindicações, mas a gestão municipal não se pronunciou sobre o assunto na reunião desta quarta. Elas pararam de ser realizadas há cerca de 10 anos. Em 2017, foi aprovada uma lei que garante a eleição, prevendo a realização do pleito no prazo de dois anos, coincidindo com o início da pandemia da Covid-19, o que dificultou a aplicação da legislação. Atualmente, os diretores são indicados pela gestão municipal.

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