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Servidores públicos ampliam cobrança por recomposição de perdas salariais

Categorias do funcionalismo estadual se reunirão em frente à Assembleia Legislativa 

Para cobrar os 59,49% de perdas salariais e discutir as ações a serem desenvolvidas visando a recomposição, os servidores públicos se reunirão nesta segunda-feira (22), em frente à Assembleia Legislativa. As entidades representantes da categoria apontam que 15,98% são referentes ao impacto da inflação no governo Renato Casagrande (PSB), que, somados aos 3% de alíquota previdenciária que também retirou o poder de compra dos servidores, chegam a quase 20% de perdas salarias somente na atual gestão.

Entre os pontos de pauta da Assembleia Geral Unificada, que será realizada em conjunto com demais sindicatos do funcionalismo público estadual, está a discussão sobre uma greve geral, caso o governo continue a ignorar as demandas da categoria. Segundo o diretor da Pública Central do Servidor, Rodrigo Rodrigues, a assembleia visa despertar, também, os parlamentares para a reivindicação, exposta em ofício ao governo no final de outubro.

A reivindicação foi encaminhada a Casagrande no último dia 28, com o pedido de uma reunião para tratar da aplicação da revisão geral anual (RGA). As categorias consideram que é histórica a ausência de reposição inflacionária aos seus vencimentos. O documento, entregue à assessoria de Casagrande, no Palácio Anchieta, é assinado por Rodrigo Rodrigues e subscrito por várias entidades do funcionalismo público.

O texto destaca que “a arrecadação de ICMS no Espírito Santo, principal fonte de recursos do Estado, tem batido recordes, apesar da pandemia”, citando dados oficiais, fator que favorece a reivindicação, e aponta que a Lei Complementar 173/2020, que restringe qualquer recomposição em 2021, possibilita a recomposição já em janeiro de 2022.

Os servidores querem a recomposição das perdas inflacionárias acumuladas em 2020 e 2021. Eles cobram uma posição do governador Casagrande, que ainda não se pronunciou sobre o tema, mesmo após várias reuniões dos sindicatos com equipe do governo, e sequer respondeu ao ofício em que é cobrado um posicionamento de abertura de negociação.

Também é reivindicado um reajuste no auxílio-alimentação, que está congelado em R$ 300 desde 2018, sendo o menor valor recebido comparado aos servidores dos demais poderes estaduais. Outra demanda que será discutida é a negativa do IPAJM em aposentar os servidores que eram celetistas e passaram para o regime estatutário.

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