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Trabalhadores de empresas terceirizadas da Vale param por tempo indeterminado

Manifestantes obstruem os portões da Vale no final da Praia de Camburi desde essa terça-feira

Divulgação

Paralisados desde essa terça-feira (7), trabalhadores de empresas terceirizadas da Vale que prestam serviços no complexo industrial e portuário da empresa localizado no final da Praia de Camburi, em Vitória, decidiram manter o movimento por tempo indeterminado, em assembleia nesta quarta-feira (8). A greve, iniciada depois da suspensão do serviço de ônibus por parte dos empregadores, mantém frechados os portões da mineradora, ocupados por centenas de manifestantes.

Na assembleia, os trabalhadores também aprovaram uma caminhada para esta quinta-feira (9), saindo do local da paralisação até a sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), na Reta da Penha, onde irão pedir a intermediação para solucionar o impasse, que já dura mais de duas semanas. O problema começou com a suspensão do serviço de transporte, ativado durante a fase mais aguda da pandemia da Covid-19, e a cobrança antecipada do vale transporte.

“Os ônibus foram tirados dos trabalhadores no final de novembro”, explica Carioca Peres, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), coordenador do movimento, que reivindica o retorno dos ônibus, considerando que a ameaça do coronavírus ainda não acabou, com possibilidade de afetar os trabalhadores que utilizam o transporte coletivo público.

Participam da paralisação, segundo Carioca, sindicatos dos rodoviários, portuários, petroleiros, construção civil, ferroviários e da área de asseio e conservação. “A área mais atingida com a paralisação é o porto, com o impedimento dos navios atracados”, informa o dirigente sindical, que critica a Vale por tentar dividir o movimento, tentando dialogar por categoria de forma separada do grupo.

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