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PTB vai ao STF contra passaporte de vacina e reforça ação bolsonarista no Estado

Executiva capixaba investe no palanque de oposição ao governo em 2022, liderado por Carlos Manato 

O movimento de grupos bolsonaristas no Estado, formado por deputados e outras lideranças políticas, além de militantes, ganhou novo reforço nesta sexta-feira (10), em nível nacional. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7044 no Supremo Tribunal Federal (STF) contra leis, decretos e portarias de seis estados, incluindo o Espírito Santo, e um município do Rio de Janeiro, que instituíram a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19.

No entendimento de lideranças do partido, essa exigência, feita para ingresso e permanência em estabelecimentos públicos e privados, violam direitos fundamentais previstos na Constituição Federal, mais especificamente os relativos à liberdade de locomoção e ao trabalho. 

No Espírito Santo, onde desde primeiro de dezembro os servidores têm que apresentar comprovação de vacinação para terem acesso aos locais de trabalho, deputados como Torino Marques (PSL) e o Capitão Assumção (Patri) fazem parte do movimento contrário à medida, seguindo a linha traçada pelo presidente Jair Bolsonaro. 

As ações fazem parte do conflito estabelecido por Bolsonaro para barrar a vacinação no país, que já contabiliza mais de 600 mil mortes pelo doença,  e serve de combustível para a oposição ao governador Renato Casagrande e ao secretáriio estadual de Saúde, Nésio Fernandes.   

Na ação do PTB, além do Espírito Santo, são questionadas normas da Paraíba, do Rio Grande do Sul, do Pará, do Amazonas, da Bahia e do município do Rio de Janeiro. “A imposição por governadores de comprovação de vacinação para ingresso em locais públicos e privados, sem que tenha sido decretado estado de defesa ou de sítio pelo presidente da República, é incompatível com a vigente ordem constitucional instaurada com a Constituição Federal de 1988”, sustenta.

O PTB, que tem no Estado o Tenente Assis como uma dos coordenadores e deve confirmar nos próximos dias a filiação do pré-candidato ao governo Carlos Manato, destaca que as normas questionadas foram editadas sem que análises técnicas ou evidências científicas que permitam justificar medidas “autoritárias e desproporcionais”. Afirma ainda que “a legislação federal sobre a matéria expressamente autoriza os estados a legislarem sobre o tema, estabelecendo medidas para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus visando dar maior proteção à saúde, mas não admite que essas medidas violem direitos fundamentais”.


Os
argumentos do partido, no entanto, vão de encontro a medidas já adotadas em outros países e alertas de especialistas da área, que apontam a exigência como importante para frear a circulação do vírus, principalmente diante da nova variante Ômicron. Além disso, o próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu a favor da vacinação obrigatória contra o coronavírus.

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