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Peças estratégicas

Anúncios de Contarato e Erick aceleram as articulações para 2022 e esbarram na rota de Casagrande à reeleição

Leonardo Sá

Meses depois dos movimentos registrados em campo, o tabuleiro de 2022 no Estado moveu duas peças estratégicas nesta segunda-feira (13), o que deve acelerar os passos dos demais personagens políticos. Após sete meses dos primeiros sinais, o senador Fabiano Contarato, ex-Rede, resolveu sacramentar sua entrada no PT, o que fez com uma lista de elogios ao partido. A movimentação volta os olhos para a candidatura ao governo do Estado, o que esbarra na aliança debatida nacionalmente entre PSB e PT, para apoio ao palanque do presidenciável Lula. Nos últimos meses, a possibilidade de Contarato assumir o projeto deu uma esfriada, o que agora ganha novos contornos. Tem candidatura? Tem apoio ao governador Renato Casagrande (PSB)? São perguntas em aberto. A outra peça, tão central quanto, por representar um grupo político que se fortaleceu no Estado, é o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), ex-aliado de Casagrande. Desde julho em andanças, críticas ao governo e slogans de campanha, sua pré-candidatura foi anunciada também nesta segunda, com a presença do presidente nacional da legenda, Marcos Pereira, rompendo a meta declarada do partido de não investir em palanques estaduais, para focar no Congresso Nacional. Com mais um detalhe importante: o partido terá candidato ao Senado, que pode ser o deputado federal Amaro Neto ou o ex-prefeito de Colatina Sérgio Meneguelli. Com os dois anúncios, as articulações saem, pela primeira vez, do campo dos bastidores, para começar a formar o tabuleiro que atinge o projeto de reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Muita água ainda vai rolar por debaixo dessa ponte, mas o ano já se encerrará com avanços no jogo eleitoral rumo ao Palácio Anchieta.

Amarrados
Os demais nomes do cenário, agora, devem acelerar para não perder o timing das negociações: o ex-deputado federal Carlos Manato, na eterna novela de filiação partidária; o ex-prefeito Audifax Barcelos, que integra a Rede, esvaziada no Estado; o prefeito de Linhares, Guerino Zanon, que precisa sair do MDB; e o ex-vice-governador César Colnago, que tenta se viabilizar sem o apoio do PSDB.

Não andou
Outros que já se colocaram no páreo e parecem ter ficado pelo caminho são o deputado federal Felipe Rigoni, recém-filiado ao União Brasil (DEM e PSL), mas sem sinalizar palanque ao governo, e o deputado estadual Sergio Majeski, que vai deixar o PSB na janela partidária e, tudo indica, se filiará ao PSDB. As duas legendas são aliadas a Casagrande.

Reações
A chegada de Contarato ao PT foi exaltada por lideranças capixabas. A deputada estadual Iriny Lopes discursou no plenário da Assembleia sobre a filiação, assim como deram as boas-vindas, nas redes sociais, o ex-prefeito de Vitória João Coser e a vereadora Karla Coser. Todos destacando a atuação de Contarato no Senado como oposição a Jair Bolsonaro e na CPI da Covid-19.

Reações II
Por outro lado, como não poderia deixar de ser, houve reação negativa dos bolsonaristas, como o casal Soraya (PSL) e Carlos Manato (sem partido), este último pré-candidato ao Palácio Anchieta. Do lançamento de Erick, Manato nada falou.

Ruídos
O Republicanos é da base aliada de Bolsonaro, porém, nos últimos dias, ameaçou desembarcar. A medida é resultado dos desdobramentos da filiação do presidente ao PL e falta de garantias em relação aos palanques estaduais.

Empresariado
Antes do anúncio da pré-candidatura, Erick e Marcos Pereira debateram política e economia na Federação das Indústria do Estado (Findes) e também se reuniram com o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) na prefeitura de Vitória. Erick e Pazolini, que têm circulado juntos em várias agendas, estão colados no empresariado.

Juntos e misturados
O ex-senador Magno Malta (PL) e o deputado estadual Capitão Assumção (Patri) estão cada vez mais próximos, como mostram as recentes movimentações do grupo bolsonarista do Estado.

O joio do trigo
A relação entre o governo e o deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), que o tirou do campo da oposição, passa longe da Prefeitura da Serra. O tucano segue com sua artilharia e arsenal de críticas voltados para Sérgio Vidigal (PDT), aliado da primeira fileira de Casagrande.

Nas redes
“Novos caminhos chegaram! É com muita felicidade que decidi a filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT). Esperamos, sempre, somar e agregar à luta desse partido que tanto já fez para a construção de um Brasil melhor. Agradeço por todo carinho recebido nesta segunda-feira. Seguimos juntos!”. Fabiano Contarato, o mais novo senador do PT.

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