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Pazolini anuncia fuzil para Guarda Municipal e deixa sem resposta questão salarial

Prefeito de Vitória prestou contas na Câmara depois da cobrança das vereadoras Karla Coser e Camila Valadão

A Guarda Municipal de Vitória passará a utilizar fuzil no combate à violência, anunciou nesta quarta-feira (22) o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), na sessão especial da Câmara de Vereadores, realizada com atraso de seis meses, segundo determina a Lei Orgânica do município. O prefeito disse que há redução dos índices e criminalidade e destacou que a guarda “está sendo refundada”.

No entanto, deixou sem resposta a cobrança de vereadores sobre o plano de carreira da corporação, destacada também por vereadores alinhados ao executivo, como Denninho Silva (Cidadania), e, também, a questão da reforma previdenciária, que impôs desconto linear de 14% aos servidores ativos e aposentados, e passou a ser objeto de protestos frequentes de entidades representativas dos servidores municipais e de ação na Justiça.

O prefeito alegou que houve debate, apesar de o projeto ter sido aprovado de forma acelerada, e enfatizou: “Vamos ter que aguardar, pois quando uma parte, precocemente, vai à Justiça, fecha as portas ao debate”.

“Nós cobramos a prestação de contas porque é uma obrigatoriedade do prefeito, conforme prevê a Lei Orgânica, e prestar contas, além de uma obrigação, é também um compromisso com a transparência e com os cidadãos da nossa cidade. Ir à Câmara é ir à casa do povo, é ir à casa onde tem os representantes da população de Vitória”, disse a vereadora Camila Valadão (Psol) durante os questionamentos, que foram iniciados pelo vereador Leandro Piquet (Republicanos), do bloco do prefeito.

A sessão especial começou pontualmente às 15 horas, com a participação da maioria dos vereadores, secretários municipais, assessores e galerias cheias, que puxavam as palmas em seguida a falas do prefeito. Uma delas, quando ele anunciou investimentos de R$ 1 bilhão com recursos próprios, destacando o projeto para a região noroeste da cidade, que compreende a Grande São Pedro, anunciada com estardalhaço ainda na gestão do ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania).

Lorenzo Pazolini iniciou a prestação de contas afirmando que, ao assumir a gestão, teve como prioridade “unir a cidade, que estava dividida, e vacinar a população e possibilitar investimentos para mudar um quadro que mostrava 0,01% de investimentos em um orçamento de R$ 2,2 bilhões”.

Citou ainda o corte de 50% dos cargos comissionados e a renegociação de contratos, que, segundo ele, geraram uma economia de R$ 126 milhões, e disse que, até março de 2022, será publicado o edital de R$ 450 milhões de obras. O prefeito relatou realizações nas áreas da educação, saúde e segurança, ao responder às perguntas dos vereadores, a maioria alinhada ao seu grupo político.

Esse bloco inclui vereadores de partidos da oposição, como o Cidadania, cuja bancada na Câmara não segue a orientação partidária. Luiz Emanuel (Cidadania), Dalto Neves (PDT), Gilvan da Federal (Patriota), Aloísio Varejão (PSB), Anderson Goggi (PTB), André Brandino (PSC) e Armandinho Fontoura (Podemos) apresentaram perguntas  que possibilitaram respostas favoráveis do Executivo.  

A vereadora Karla Coser (PT) cobrou ações na área de saúde e apontou sobrecarga de trabalho com a redução do quadro, encolhido de 3.090 para 2.851 servidores. E, como Camila Valadão, questionou a reforma da previdência.

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