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Festival promove formação para bandas de música capixabas

Tradição que remonta à época colonial, há cerca de 80 bandas em atividade, cujos artistas são público-alvo do Festival Coreto

Em sua primeira edição, o Coreto – Festival Capixaba de Bandas de Música promete ser um espaço para contribuir para formação e qualificação de artistas e visibilidade das tradicionais bandas de música capixabas. O evento ocorre de 26 a 30 de janeiro de 2022 em formato online, mas as inscrições para as dez oficinas teóricas e práticas se encerram em 30 de dezembro, pelo site http://festivalcoreto.com.br

Com origens que remontam ao período colonial, as bandas de música são conjuntos instrumentais de estrutura mais simples, geralmente com forte presença dos instrumentos de sopro, que há muito tempo representam uma importante fonte de formação artística e musical e também de acesso à cultura em várias regiões. Sim, estamos falando daquelas tradicionais bandinhas que vemos em eventos e festividades, sobretudo no interior. Coreto, aliás, é o nome da tradicional estrutura arquitetônica construída em muitas praças, e ainda remanescentes principalmente no interior, onde tradicionalmente tocam bandas de músicas e outras atrações culturais.

Eduardo Lucas, professor da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), considera que este tipo de formação tem forte tradição local e estima que, no Estado, estejam em atividade cerca de 80 bandas do tipo. Banda, lira, orquestra, grupo, conjunto e sociedade musical estão entre as formas que são chamadas.

Facebook/ Banda Lyra Guanduense

Apesar de dificuldades e pouco apoio, as iniciativas seguem adiante e cruzam os tempos, graças entre outras coisas, ao esforço que considera heroico dos regentes das bandas no interior. “Ensinam música para a garotada, aprimorando a experiência intelectual e a vivência social desses alunos. O Espírito Santo tem um grande potencial para ser uma referência nesse campo de educação musical através da banda de música”, considera.

Para aprimorar essa formação, ainda em tempos de pandemia e aproveitando as possibilidades da tecnologia, o Festival Coreto vai realizar dez oficinas em sua primeira edição, investindo em trazer profissionais de renome para dialogar e ensinar aos capixabas. Os convidados ministração oficinas sobre instrumentos como Flauta Transversal, Clarinete, Saxofone, Trompa, Trompete, Trompete, Tuba/Eufônio, Percussão, além de mais duas oficinas de regência.

Já a arte de reger será ensinada pelo espanhol Rafael Sanz-Espert, atual maestro titular da Banda Sinfônica Municipal de Valência, e Darrell Brow, diretor de bandas e professor de música dentro do Departamento de Música da Bradley University, em Peoria (Illinois, EUA).

Maestro espanhol Rafael Sanz-Espert dará uma das oficinas do Festival Coreto. Foto: Divulgação

“O festival quer estreitar os laços dessa experiência de regência no Brasil com as experiências de regência nos Estados Unidos e na Espanha, países que têm o maior movimento de bandas do mundo”, explica Eduardo Lucas, diretor pedagógico do Festival Coreto, que conta com a direção artística do maestro Dario Sotelo, regente da Banda Sinfônica da Escola Municipal de Música de São Paulo.

“Os norte-americanos e os espanhóis têm uma cadeia de produção muito grande, com fábricas de instrumentos, editoras, formação de maestros, com concertos, entre outros elementos. Trazer essa experiência dos Estados Unidos e da Espanha pode enriquecer a experiência brasileira”, destaca Eduardo.

Outra iniciativa que faz parte do festival é a gravação de uma música entre os participantes, que também será feita online, com cada aluno gravando registros desde sua casa.

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