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ES vive alerta epidemiológico com casos de Influenza e evolução da pandemia

Variante Ômicron pode passar a ser predominante na transmissão comunitária. Cinco óbitos devido à gripe já foram registrados

O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, anunciou, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (28), que o Espírito Santo vive um cenário de novo alerta epidemiológico diante dos casos de gripe, com morte de cinco pessoas nos últimos 25 dias, e da evolução da pandemia da Covid-19. Ele destacou que a variante Ômicron, já detectada no Estado, pode passar a ser a predominante na transmissão comunitária.

Nésio apontou que o Brasil não adotou medidas suficientes para impedir a inserção da nova variante no país e informou que cerca de 1,3 milhão de capixabas não foi vacinado ou recebeu somente a primeira dose, incluindo crianças. Tratam-se, segundo ele, de pessoas com “maior suscetibilidade de risco para evolução da Ômicron”, que é mais transmissível do que a Delta.

Entretanto, apesar de a nova variante ter 40% de redução do potencial de internação e evoluir menos para casos graves e óbitos, o grande número de pessoas não imunizadas ou com esquema vacinal incompleto pode fazer com que a quantidade de pessoas se infectando por semana epidemiológica seja maior, compensando a redução do número de internações nas próximas semanas.
Diante desse cenário, Nésio defende que completar o esquema vacinal e imunizar crianças de cinco a 11 anos trata-se de uma “urgência sanitária”. Ele destaca que, em outros países, a Ômicron já é responsável pelo aumento na quantidade de pacientes pediátricos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias, além dos casos de óbito. “Não é razoável estabelecer normativas ou critérios que suscitem dúvidas sobre a vacinação”, sentencia.
De acordo com o secretário, quando chegarem as vacinas da Pfizer, para imunização infantil, em nenhum município capixabas as crianças precisarão de receita médica para serem vacinadas. O secretário informou ainda que será distribuído meio milhão de testes de antígeno e que os municípios irão organizar pontos de testagem a livre demanda, estendendo a testagem, inclusive, para as crianças.
Também foram solicitados ao Ministério da Saúde 1,5 milhão de testes de antígeno, “para incrementar a capacidade de testes em janeiro”.
Epidemia de Influenza
Foi informado durante a coletiva que não há confirmação da variante Darwin em solo capixaba, mas da H3N2. “Não vivemos um surto, mas oscilação, uma epidemia que já tirou a vida de cinco pessoas”, diz Nésio, destacando a importância de vacinar contra essa nova variante quando os imunizantes chegarem e de usar estratégias de prevenção contra gripe, que são as mesmas contra Covid-19: lavar as mãos, usar álcool em gel e evitar espaços fechados.
Para Nésio, “não é factível” esperar que a epidemia esteja solucionada nos próximos 14 dias, pois ela pode se prolongar entre 40 e 60 dias. Ele alerta para o fato de que, diante de sintomas respiratórios, com ou sem febre, é preciso suspeitar das duas doenças e procurar os serviços de saúde, além de apontar para outros sintomas que devem ser levados em consideração, como vômitos e diarreia. 


Variante Ômicron é detectada em Vitória

Secretário Nésio Fernandes não descarta a adoção de novas medidas na matriz de risco 


https://www.seculodiario.com.br/saude/variante-omicron-e-detectada-em-vitoria

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