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Bolsonaro perde aliados no Estado e amplia base de Moro, que não consegue avançar

Idalécio Carone (camisa branca), pré-candidato ao Senado, atua no campo de Magno Malta com evangélicos de Guarapari

Um dos assuntos mais comentados no mercado político neste início de ano é a saída do partido Republicanos da aliança com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua movimentação em direção à pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), apesar do fiasco de sua pré-candidatura. Cenário que possibilita a consolidação do grupo integrado por três afiliados ao partido de Moro no Estado: o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo e o deputado estadual Marcelo Santos, sob coordenação do atual secretário de Governo do Estado, Gilson Daniel, que será transferido pasta de Planejamento ainda em janeiro.

De outro lado, os novos lances do jogo político colocam em risco a pré-candidatura ao governo do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), e atinge os planos do ex-deputado federal Carlos Manato (sem partido), seguidor de Bolsonaro, que oscila entre o PTB e o novo Brasil 35 para tentar, pela segunda vez, o Palácio Anchieta.

No âmbito da disputa ao Senado no Espírito Santo, na ala da direita, o ano começa com a consolidação da pré-candidatura do empresário Idalécio Carone, do Brasil 35, que penetra em redutos do ex-senador Magno Malta (PL), desejoso de retorno ao Senado, mas com elevada rejeição, principalmente entre evangélicos.

Carone vem selando alianças com lideranças desse campo já declarou que seu alvo é o ex-senador, com que manteve uma relação pessoal, rompida ao lançar-se na política. O grupo, que atua na área bolsonarista, pode se transferir para o palanque de Moro, caso Bolsonaro aumente sua rejeição, chegando ao ponto de desistir da reeleição, como comentam lideranças nacionais.

A questão passa, também, pela manutenção da aliança com o governador Renato Casagrande (PSB), sinalizado como candidato natural à reeleição, além do prefeito de Vila Velha e do secretário de Governo, ambos empenhados na pré-campanha de Moro, que é esperado no Espírito Santo no próximo mês, em mais uma tentativa de firmar-se como candidato.

Apesar do fiasco de suas aparições em público, da falta de traquejo político e da suspeita cada vez mais clara de ilegalidade da operação Lava Jato, por meio da qual ele se projetou nacionalmente, Moro insiste candidatura, com o apoio de parte da imprensa convencional que defende a chamada terceira via.

Em todos os casos, as pré-candidaturas majoritárias (governo e Senado) passam pelo reforço das chapas de deputado federal e estadual, os chamados puxadores de votos em redutos menores. As articulações envolvem políticos com cargos eletivos, como o deputado estadual Alexandre Xambinho (PL), que busca um lugar para se acomodar depois da derrota para a prefeitura de Serra, e, também Torino Marques (PSL) e Adilson Espíndula (PTB).

Os candidatos a candidatos são muitos e entre eles estão os vereadores de Vitória Deninho Silva e Luiz Emanuel, do Cidadania. Os dois pretendem outras siglas, segundo o mercado, para evitar concorrer com o presidente do partido no Espírito Santo, o deputado Fabrício Gandini, que deve concorrer à reeleição.

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