sábado, novembro 23, 2024
22.1 C
Vitória
sábado, novembro 23, 2024
sábado, novembro 23, 2024

Leia Também:

‘Prefeitura de Vitória não garante nada à população de rua e ainda expropria’

Pastoral do Povo de Rua critica retirada de móveis de pessoas em situação de rua na Curva da Jurema

A Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Vitória afirma ser contrária à ação da gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos), que na manhã desta terça-feira (4) recolheu móveis de pessoas em situação de rua na região da Curva da Jurema. “A Prefeitura de Vitória não garante nada às pessoas em situação de rua e ainda expropria o pouco que elas têm para se manter com o mínimo de dignidade”, diz o agente de pastoral Carlos Fabian de Carvalho.

Fabian salienta que móveis, colchões, lençóis e outros itens normalmente são entregues para a população de rua por meio de campanhas solidárias, e não através de ações do poder público. Para ele, existe na Capital “um processo permanente de higienização a partir da demanda de moradores que cobram a retirada das pessoas em situação de rua e seus objetos”, mas que, o correto a se fazer, é formular políticas.

“O número de pessoas nas ruas aumentou, isso faz parte de uma crise estrutural, mas a Prefeitura quer resolver com higienização, da maneira que ela quiser, em vez de formular políticas. Se você tira um colchão, tem que identificar onde a pessoa vai dormir, se você tira um cobertor, tem que identificar com que ela vai se cobrir”, diz, destacando que, embora Vitória tenha aumentado o número de vagas nos abrigos, isso não ocorreu de forma significativa.
Fabian recorda que, assim como acontece em 2022, que o ano se inicia com uma ação que causa prejuízos à população em situação de rua, em janeiro de 2021 a gestão de Lorenzo Pazolini também fez algo semelhante ao interromper a distribuição de marmitas para esse grupo. Na ocasião, cerca de 150 pessoas em situação de rua ficaram desassistidas com o fim do projeto Tendas do Bem.
Na ocasião, o contrato entre a gestão pública municipal e o Projeto Sol, que organizava as Tendas, chegou ao fim e a atual gestão municipal, que havia acabado de tomar posse, não renovou. Por isso, os atendimentos à população em situação de rua, como distribuição de marmitas, tiveram que ser encerrados no último em nove de janeiro, quando os assistidos foram avisados da decisão.
Eram duas Tendas do Bem, surgidas em abril de 2020 para buscar garantir a alimentação das pessoas em situação de rua diante da pandemia da Covid-19. Uma ficava na Praça do Papa, na Enseada do Suá. A outra, na entrada da Pedra da Cebola, em Goiabeiras. Além de fornecer marmitas, eram realizados outros serviços, como emissão de documentos para que as pessoas pudessem arranjar emprego ou conseguir algum auxílio, encaminhamento para tratamento de dependência química, entre outros.


Novas gestões, velhas políticas

Políticas públicas para pessoas em situação de rua não avançaram na Grande Vitória, diz Pastoral


https://www.seculodiario.com.br/direitos/novas-gestoes-velhas-politicas

Mais Lidas