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Um ano depois de assumir o MDB, Rose de Freitas ainda trava batalha interna

Integrantes do MDB pedem saída da senadora Rose de Freitas por desrespeito às convenções do partido

Um pedido de intervenção na executiva estadual junto à direção nacional e o andamento de uma ação na Justiça são as marcas do MDB no Espírito Santo, um ano depois de a senadora Rose de Freitas assumir a direção do partido no Estado, em 12 de janeiro de 2021. Membros apontam que a senadora desrespeita o estatuto e as convenções partidárias. 

O compromisso de pacificar os conflitos internos da sigla, agravados depois do pífio desempenho nas eleições de 2018, não foi alcançado e novas divisões acentuam a decadência da sigla, que já teve a maior bancada na Assembleia Legislativa, com quatro deputados, hoje resumida a um único representante, o deputado Hércules da Silveira.

O clima hoje no MDB é de conflito, com a perspectiva de perda do prefeito de Linhares, Guerino Zanon, que até abril já estará fora do partido para se dedicar à campanha com vistas a se eleger para o governo do Estado. Trabalho em campo do ex-governador Paulo Hartung (sem partido) , justamente o personagem apontado como principal causador do desmonte do partido no Estado, ao desistir da reeleição, em 2018.

Integrantes do MDB trabalham para conseguir nomear uma nova comissão provisória. A justificativa apresentada considera que o estatuto só permite duas prorrogações de mandato e aponta que a senadora Rose de Freitas já está no quarto mandato, com três prorrogações. “Rose não faz nada pelo partido e só atende aos interesses do governador Renato Casagrande, que é do PSB”, lamenta um membro, ressaltando: “Além do mais, não haverá federação de MDB/PSB”.

Esse posicionamento tem base na movimentação de Rose de Freitas, que se aproximou do governador visando o fortalecimento para garantir a reeleição. Em consequência, distanciou-se do partido e gerou descontentamento em vários municípios, que reclamam de infrações ao estatuto e desrespeito às convenções partidárias.

Integrantes do MDB afirmam que Rose continua ignorando convenções, nas quais foram eleitos diretórios, cujos membros foram substituídos por comissões provisórias. Um desses casos ocorreu em Colatina, com Lauristone da Silva, substituído por uma comissão provisória cujo vice-presidente nem é filiado ao partido. Ele entrou com um recurso administrativo, transformada em uma ação na Justiça.

No reingresso ao MDB, no dia 12 de janeiro, durante reunião com a Executiva Nacional, Rose de Freitas ressaltou que a decisão foi “tomada com consciência, vontade de ver o MDB crescer no Espírito Santo, se organizar e superar as dificuldades”.

Essa articulação foi formalizada depois de meses de conflitos entre o grupo do ex-deputado federal Lelo Coimbra, que perdeu a presidência da executiva estadual, e o bloco do ex-deputado federal Marcelino Fraga e do deputado estadual José Esmeraldo, que foram expulsos do partido.

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