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Prefeito de Barra de São Francisco confronta concessionária de energia

Enivaldo dos Anjos pretende desapropriar área onde está localizada a subestação da EDP

“Vamos para o confronto. Inclusive, vamos desapropriar o terreno onde hoje a EDP tem uma subestação e obrigá-la a fazer a instalação em região rural”, afirmou o prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSD), ao anunciar que vai acionar a Justiça para obrigar a concessionária de energia elétrica EDP (antiga Escelsa) a atender demandas dos munícipes, que estariam esperando até seis meses para serem atendidos. O prefeito disse que está cansado de insistir na melhoria da qualidade dos serviços. 

“O município está se desenvolvendo e temos um exemplo específico de má qualidade dos serviços da concessionária: conseguimos trazer, através de capital privado, uma clínica de hemodiálise para a cidade e, assim, evitar que nossos pacientes tenham que viajar praticamente todos os dias 250 quilômetros para fazer o tratamento em Colatina. A clínica não consegue iniciar o tratamento porque a EDP não faz as adequações de rede que precisa para fornecer energia ao estabelecimento”, disse.

O impasse, segundo Enivaldo, é que a clínica necessita de uma rede de maior potência, mas a EDP não aceita que a Prefeitura instale a rede por interesse público. “A empresa só aceita que a própria clínica construa a rede e assine um documento doando para a EDP, que pode utilizá-la para vender serviços a outros usuários. Como é uma região de expansão da cidade e onde queremos que se instalem novas clínicas, inclusive uma de oncologia, a prefeitura se propôs a pagar a rede, mas a EDP não aceita, só aceita se fora a própria clínica”, disse Enivaldo.

Para Enivaldo, a má qualidade dos serviços da concessionária de energia elétrica existe desde quando era deputado, acrescentando que agora vai utilizar de sua autoridade de prefeito para cobrar na Justiça com uma ação com pedido de liminar com obrigação de fazer para que a EDP aceite a solução do município. Outra queixa é que não há atendimento presencial da concessionária, mas somente online, que, segundo ele, “não resolve nada”.

“Essas empresas não têm concorrente e por isso abusam”, disse, ressaltando que, na ocasião em que a antiga Escelsa instalou a subestação no bairro Irmãos Fernandes, não havia casa em volta, mas agora o bairro cresceu. “A prioridade é gente”, acentuou o prefeito, que pretende desapropriar a área. 

Cesan

Não é a primeira vez que Enivaldo dos Anjos cobra a melhoria da qualidade nos serviços prestados por empresas que explora, a concessão do poder público. No início deste mês, ele reclamou do descaso da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), ameaçando romper o contrato de concessão e transferir a responsabilidade da empresa para o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), criado apenas para atender aos distritos. 

O prefeito aponta falta de compromisso da Cesan com a prestação de serviços de qualidade no recolhimento de esgoto para tratamento e ressalta: “A Cesan prepara os processos de concessão de água e esgoto e manda para os municípios, fazendo pressão sobre os prefeitos, e incluem uma cláusula que só são responsáveis pelas redes de esgoto que fizerem, mas cobram da população uma taxa de esgoto correspondente a 80% do consumo da água, sem oferecer a contrapartida equivalente em serviço”, disse.

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