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Ação Social da Arquidiocese de Vitória defende adiamento das aulas presenciais

Diante da Ômicron, retorno das aulas deve ocorrer após 70% as crianças e adolescentes receberem a D1

O Vicariato para Ação Social da Arquidiocese de Vitória, por meio da Comissão de Promoção da Dignidade Humana (CPDH), divulgou o Manifesto em Defesa das Vidas no Estado do Espírito Santo, por meio do qual defende o adiamento do retorno presencial às aulas como medida de contenção da Covid-19 diante da predominância da variante Ômicron. A proposta é de que o adiamento seja por pelo menos quatro semanas ou até quando se atinja pelo menos 70% da população infantojuvenil imunizada com a primeira dose.

O documento foi encaminhado às gestões estadual e municipais, destacando “a persistência da alta taxa de incidência da enfermidade em nosso meio com muitas internações e, infelizmente, muitos óbitos em nosso Estado”.

A CPDH argumenta que, apesar do avanço da vacinação e da alta proporção de cobertura vacinal nos adultos, na população idosa e nos demais grupos vulneráveis, “uma significativa parcela de nossa população não tem cobertura vacinal completa ou sequer recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19”.
Além disso, aponta “o retorno de números alarmantes de novos casos da doença”, bem como o “aumento significativo de internações e das taxas de ocupações de leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], o que pode levar a um esgotamento da capacidade de atendimento do sistema público de saúde”.
A CPDH acredita que a variante Ômicron “escapa parcialmente do esquema vacinal empregado nosso meio e pode afetar de forma grave principalmente os indivíduos vulneráveis e aqueles que não possuem esquema vacinal completo”. Entre a parcela da população que apresenta baixa cobertura vacinal, aponta a Comissão, estão jovens e crianças.
“As crianças, principalmente, apresentam um déficit ainda maior em virtude de ter sido o último grupo inserido no Programa Nacional de Imunização [PNI]. A maioria das crianças na faixa de idade abaixo de 12 anos não recebeu sequer a primeira dose da vacina, e mesmo entre os jovens a parcela completamente imunizada é muito distante do ideal para reduzir de forma significativa a persistência da circulação do vírus na nossa comunidade”.
A CPDH defende que a baixa taxa de vacinação em meio a esses grupos, associada ao retorno das aulas de um público que “normalmente tem um perfil de aglomeração e não conseguem cumprir de forma adequada a etiqueta respiratória, por características próprias da idade, pode fazer com que sejam veículo de aumento de transmissibilidade e de aumento de tempo de permanência do vírus em nossa população, contribuindo para o surgimento de novas variantes”.

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