Retorno efetivo aos ônibus será em 14 de fevereiro. Eles também trabalharão nos pontos venda do Sistema GVBus
Os cobradores do Sistema Transcol aprovaram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (26), a proposta de retorno ao trabalho feita pelo Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e pela Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi). Os trabalhadores estavam afastados de sua função desde maio de 2020, quando os passageiros passaram a usar o Cartão GV, sob a justificativa de que sua utilização evitaria o manuseio de dinheiro, e, consequentemente, o contágio da Covid-19.
A proposta foi apresentada à categoria pelo assessor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários), Rafael Burini. Todos os cobradores, que são cerca de 2 mil, retornarão para trabalhar nos carros quentes, ou seja, sem ar condicionado, em horários de pico, inclusive nos veículos expresso, folgando aos sábados, domingos e feriados. Também haverá atuação deles nos pontos venda do Sistema GVBus.
Rafael destacou que não se sabe se será aceito dinheiro para pagamento da passagem no Sistema Transcol. “Se será aceito dinheiro ou cartão compete ao Estado do Espírito Santo através de sua política pública. Não temos competência para definir a moeda utilizada no transporte. O dever do sindicato é defender o emprego do trabalhador”, diz.
Entretanto, a Semobi informou a Século Diário que os cobradores atuarão, dentro dos ônibus, com a venda de crédito no Cartão GVBus. Os trabalhadores voltam à ativa no dia primeiro de fevereiro para fazer treinamento. A partir do dia 14 do mesmo mês, retornam ao transporte coletivo. “Voltam efetivamente de onde nunca deveram ter saído, de dentro dos ônibus”, disse o assessor jurídico.
Após a votação que sacramentou o retorno dos cobradores, ocorreu um pequeno tumulto, culminando em breve discussão entre alguns trabalhadores, que questionavam a proposta aprovada, e parte da diretoria do Sindirodoviários. Segundo a cobradora Andrea Faria, uma das pessoas envolvidas na discussão, a proposta não é viável para os trabalhadores.