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‘Primeira infância é a mais atingida pela falta de política pública’

Desafios da nova gestão do CRIAD envolvem estruturação de conselhos tutelares e direitos de crianças mais vulneráveis

Estruturar os conselhos tutelares e assegurar direitos das crianças quilombolas e das atingidas por barragem são alguns dos principais desafios da nova gestão do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CRIAD), que tomou posse na última quinta-feira (27). “A primeira infância, principalmente a mais vulnerável, que são os negros e pobres, tanto os da periferia urbana quanto os da rural, é a que mais sofre com a falta de políticas públicas”, afirma a presidente Keila Barbosa Ribeiro da Silva, eleita para uma gestão de dois anos.

Keila é do Instituto Raízes e representa a sociedade civil no CRIAD, um órgão normativo, deliberativo, controlador e fiscalizador da política de promoção, defesa e atendimento à infância e adolescência, que conta também com a representação do poder público. “Nosso papel é fazer com que o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal sejam cumpridos para todas crianças e adolescentes do Espírito Santo”, ressalta.

No que diz respeito aos conselhos tutelares, a presidente do CRIAD destaca que algumas das reclamações são a falta de infraestrutura física. Em muitos, relata, o espaço físico é inadequado para atendimento da comunidade, bem como para fazer reuniões presenciais. Em tempos de encontros virtuais para prevenção à Covid-19, a situação também não é das melhores devido à falta de acesso à tecnologia, o que dificulta, ainda, a participação dos trabalhadores em formações.
Keila salienta a necessidade de fazer um processo de interiorização, uma vez que se discute muito as necessidades das crianças e adolescentes do meio urbano. Nesse processo, destaca a importância de buscar a garantia de direitos das crianças quilombolas, como as do território do Sapê do Norte, formado pelos municípios de São Mateus e Conceição da Barra. “Elas têm demandas específicas e é preciso assegurar seus direitos, pois sofrem muito com a violência causada pela invasão de terra”, diz.
Ela recorda também as crianças atingidas por barragem, principalmente aquelas cujas famílias ainda sofrem as consequências do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, ocorrido em novembro de 2015.
Para iniciar seus trabalhos, o CRIAD, segundo Keila, irá marcar uma reunião com a gestão anterior para ter mais conhecimento sobre os trabalhos que estão em andamento. “Estamos com muito sonho, muita disposição para fazer com que se avance nas pautas”, projeta.


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