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‘Tornadinho’ assusta capixabas e causa prejuízos na GV

Uma forte ventania fechou o tempo repentinamente na Grande Vitória no início da tarde desta segunda-feira (6) e, depois de alguns minutos, seguiu em direção ao norte do Estado. Os fortes ventos atingiram a Capital por volta das 13 horasMuito gente foi pega de surpresa, tamanha a violência das rajadas. De acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o evento era previsto. 

 

As cenas geradas pela forte ventania assustam. Vão desde pedestres se segurando a postes com medo de serem arrastados pela força do vento,  a destelhamentos de casas, vidros sendo estilhaçados das fachadas dos prédios, árvores tombadas com as raízes expostas. Um verdadeiro caos.
 
Segundo o Incaper, o forte vento foi gerado pelo que pode ser chamado de “frente de rajada”. Trata-se de uma mudança repentina na direção e na velocidade do vento, que sempre precede uma frente fria. No entanto, não pode ser considerado um ciclone tropical, conforme chegou a ser divulgado através das mídias sociais. 
 
“As rajadas de vento foram observadas principalmente no litoral Sul e na Grande Vitória. Em Presidente Kennedy, o vento chegou a 90km/h, e a temperatura caiu de 31°C para 22°C. Em Vitória, a estação meteorológica instalada na Ufes registrou ventos de 76km/h. No Aeroporto, as rajadas também foram de forte intensidade, e chegaram a 66 km/h”, informou o meteorologista do Incaper, Hugo Ramos. 
 
Os prejuízos gerados pela ventania ainda estão sendo contabilizados. Em Vila Vleha, o Terminal de ônibus de Itaparica teve parte de sua cobertura destruída e todo seu fluxo de ônibus foi transferido para o Terminal de Vila Velha. Na Barra do Jucu, Cobilândia e na Glória também há registros de destelhamentos. 
 
Em Vitória, além dos muitos semáforos sem funcionar, um dos muros da escola de samba de Jucutuquara caiu em cima dos instrumentos gerando um prejuízo de cerca de R$ 15 mil.
 
Uma árvore também caiu em cima da subestação da Cesan, em Vitória, deixando o abastecimento de água comprometido. Moradores reclamam que não conseguem entrar em contato com a Escelsa para avisar sobre os pontos sem luz em Vitória. 
 
Segundo Defesa Civil do Espírito Santo, os vendavais são perturbações marcantes no Estado normal da atmosfera.
 
Também chamados de ventos muito duros, correspondem ao número 10 na escala de Beaufort, compreendendo ventos cujas velocidades variam entre 88,0 a 102,0 km/h.
 
Os ventos com velocidades maiores recebem denominações específicas: 103,0 a 119,0 km/h ciclone extratropical.   Acima de 120,0 km/h ciclone tropical ou furacão ou tufão.
 
Entre os danos mais comuns estão a derrubada de árvores e da fiação provocando interrupções no fornecimento de energia elétrica e nas comunicações telefônicas; danos em habitações; destelhamento em edificações e até ferimentos na população provocados pelo impacto de objetos arremessados pelo vento. 

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