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Ecos capixabas

Em meio a conversas entre Podemos e Republicanos por aqui e no âmbito nacional, lá vem Sergio Moro…

Redes sociais

O ex-juiz Sergio Moro, que tenta de todo jeito viabilizar seu palanque à Presidência da República este ano, chegará ao Estado no próximo dia 11, em meio a conversas entre seu partido, o Podemos, e o Republicanos, que se afastou do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. A visita, que se estenderá para o sábado (12), contará com agendas em Vitória, Vila Velha e Serra, principalmente com o empresariado, na esteira de amarrações internas executadas também por lideranças daqui, como a reunião dessa terça-feira (1) entre o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), e o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos). Do encontro, registrado pelos dois nas redes sociais, não ecoou detalhes, mas tanto Arnaldinho quanto Erick fizeram questão de destacar, como “prato principal”, o cenário político do Estado. Erick, como se sabe, rompeu com o governador Renato Casagrande (PSB) e lançou no final do ano passado seu nome na disputa ao Palácio Anchieta. Se a negociação entre as duas legendas prosperar, o que só deverá ocorrer mais adiante, será o nome ligado a Moro no Espírito Santo. A situação, por outro lado, tira o Podemos, hoje aliadíssimo, do arco de Casagrande. O presidente regional da legenda, Gilson Daniel, integra a gestão estadual e recebe tratamento VIP para pavimentar seu terreno até a Câmara Federal. Ao mesmo tempo, no entanto, passou a atuar na campanha de Sergio Moro, o que já evidenciava contradições, considerando os acordos iniciais em debate no campo nacional, que envolviam até o ex-governador Paulo Hartung (sem partido). Agora, com a negociação Podemos-Republicanos, a situação ganha novos contornos. Por ora, porém, resta observar o tête-à-tête de Moro por essas bandas na próxima semana. Um termômetro e tanto para os movimentos efetivados no campo de Erick Musso.

Ecos capixabas II
A propósito, a cúpula do Republicanos se reuniu logo após a conversa entre Erick e Arnaldinho. Juntos do presidente da Assembleia, estavam o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, o deputado federal Amaro Neto, o vereador de Vila Velha Devanir Ferreira e o comandante da legenda no Estado, Roberto Carneiro. O prefeito de Vila Velha, só para frisar, também é ligado a Casagrande.

Racha
No campo nacional, o debate considera a possibilidade de o Republicanos se dividir entre o apoio a Moro e ao ex-presidente Lula – em especial no Nordeste -, o que também seria no mínimo esquisito. Isso ocorreria com a declaração de neutralidade no primeiro turno da disputa presidencial. No Estado, porém, a cara do Republicanos é, mesmo, a do ex-juiz.

Tratativas
Moro tem buscado lideranças do partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus em outros estados. Também já se sentaram à mesa a presidente do Podemos, Renata Abreu, e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, em São Paulo. A conferir!

‘Coincidência’
Pazolini, aliás, que disponibiliza o espaço da prefeitura até para promover cultos – estado laico? –, manteve completamente apagados, nessa quarta-feira, 2 de fevereiro, o píer e a escultura de Iemanjá localizados na Praia de Camburi. Como todo ano, o local é visitado nessa data, principalmente por integrantes de religiões de matriz africana, para reverenciar a “rainha do mar”.

‘Coincidência’ II
O tom entre os presentes era de indignação. Quem passa por ali frequentemente diz, inclusive, que normalmente o píer tem iluminação. Mas logo nessa quarta, ficou completamente apagado, como registrado na foto abaixo. E mesmo se não fosse iluminado diariamente – o que já é errado, até mesmo pela questão da segurança -, no 2 de fevereiro, convenhamos, era mais do que obrigação.

Foto leitor

Na área
O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede), que se declara candidato ao governo, já circula por áreas estratégicas e de influência de Renato Casagrande (PSB), como Guarapari. Termina a visita sempre disparando críticas à gestão estadual, em vídeos divulgados nas redes sociais.

Grupo
No município, atuam duas lideranças próximas ao governador: Gedson Merízio, ex-candidato a prefeito, e o “supersecretário” de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Tyago Hoffmann (PSB). Gedson, hoje, é assessor especial da Secretaria de Governo. Já Hoffmann aparece nas cotações para candidato à Assembleia Legislativa. Ambos estão em campo para consolidar, em Guarapari, o projeto de Casagrande deste ano.

‘Método’
O Avante no Estado quer lançar como candidato ao Senado o líder do movimento Eu Escolhi Esperar, Nelson Júnior. Pastor e conferencista evangélico, ele é fundador da campanha iniciada em 2011 que defende o início das atividades sexuais apenas após o casamento, difundida em seminários realizados por todo o país. A proposta embasa projeto que tramita na Câmara de Vitória, alvo de críticas de especialistas, por usar a campanha como “método” de prevenção à gravidez na adolescência. Cada uma…

Situação
Já em relação ao governo, o Avante diz que está aberto a conversas com todos os candidatos, mas a tendência é caminhar com Renato Casagrande, a quem a executiva estadual listou uma série de elogios.

Nas redes
“Ontem [quarta, 2], durante a sua posse como bispo da Diocese de Colatina-ES, Dom Lauro beijou os pés de um indígena, em sinal de uma Igreja que se posiciona em favor dos povos originários, dos pobres e de todos os excluídos. Este é o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo!”. Helder Salomão, deputado federal pelo PT.

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