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Vereadores de Cariacica na mira da Justiça por candidaturas ‘laranjas’

Seis dos 20 vereadores eleitos no último pleito municipal da Câmara estão arrolados no processo

Divulgação

Os mandatos políticos de seis vereadores de Cariacica, eleitos em 2020, serão definidos pela Justiça Eleitoral no próximo dia 15, quando será conhecida decisão em processo sobre o uso de candidaturas “laranjas” no último pleito municipal. Caso a denúncia seja comprovada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os vereadores perderão o mandato.

Estão envolvidos no processo e poderão ser cassados os vereadores César Lucas (PV), ex-presidente da Câmara; Leo do Iapi (PDT); Marcelo Zonta (Cidadania; Mauro Dorval (Cidadania); Juarez do Salão (PMN); e Juquinha (PMN). Confirmada a cassação, eles serão substituídos por Marcos Palinha (PCdoB); Zete Araújo (DEM); Ilma Siqueira (PSDB); Sargento Nunes (PTC); Ronildo Andrade (DC); e Professor Ésoj (PSD).

A decisão é decorrente da Ação de Impugnação de Mandato, em andamento no TSE, por força de denúncias de eleitores, com pedido de cassação dos seis vereadores pela utilização, na composição de suas chapas, de candidaturas fictícias de mulheres, fraudando a obrigatoriedade da cota feminina prevista na legislação eleitoral.

As candidatas fictícias à vereadora tiveram votação pífia, entre zero e quatro votos, e, além isso, fizeram campanha nas redes sociais para outros candidatos, o que pela legislação eleitoral, caracteriza fraude por cota de gênero, que garante o mínimo de 30% de candidaturas femininas nas disputas legislativas.

Na eleição de 2020, a Câmara de Cariacica perdeu a única mulher entre seus integrantes, a ex-vereadora Ilma Siqueira (PSDB), que não foi reeleita, e é apontada como uma das mais prejudicadas pela fraude eleitoral.

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