Representantes de entidades se reuniram com Bruno Lamas e pretendem visitar outros parlamentares
A poucos dias da votação na Assembleia Legislativa do projeto de reposição salarial protocolada pelo governo do Estado nessa terça-feira (7), com previsão de ir ao Plenário na próxima semana, dirigentes de entidades de servidores públicos têm se reunido com deputados estaduais, na tentativa de aumentar o índice de 6% proposto. A pretensão é alcançar, pelo menos, os 10,06 % da inflação de 2021.
Nessa quarta-feira (9), em nome da Pública – Central do Servidor, o grupo esteve com o deputado Bruno Lamas (PSB), aliado do governador Renato Casagrande, do mesmo partido. Os servidores reafirmaram considerações feitas ao líder do Governo na Assembleia no dia anterior, deputado Dary Pagung (PSB), ressaltando que em decorrência das limitações impostas pela Lei 173/20, do governo Bolsonaro, todos os servidores públicos do país não tiveram qualquer reajuste decorrente do processo inflacionário.
Bruno Lamas se manifestou sensível aos apelos e relatou o fato de sua mãe ser professora no setor público, reconhecendo como legítima a reivindicação. O deputado disse que teria uma reunião com o governador, juntamente com outros deputados, e que levaria o pleito para análise e discussão dentro do governo. A estratégia das entidades é manter contato com a maioria dos parlamentares, a fim de garantir a melhoria do índice de reposição salarial durante a votação na Assembleia.
Os dirigentes sindicais reforçaram ainda ao deputado que o único reajuste dado no atual governo, de 3,5% em dezembro de 2019, foi quase que integralmente absorvido pela reforma da Previdência, que majorou os descontos em 3%. Argumentaram, também, sobre a situação superavitária do caixa do Estado, que apresentou, seguindo divulgação do governo, um excedente de arrecadação de 4,2 bilhões em dezembro/2021.
Para os representantes dos servidores, projeções realizadas no âmbito do poder executivo evidenciam que seria possível a concessão de reajustes que possibilitassem a recomposição inflacionária, sem comprometer os gastos com pessoal nos termos da Lei de responsabilidade fiscal.
Insatisfação
Os servidores protestam desde 31 de janeiro, dia em que o governador Renato Casagrande anunciou a reposição de 6%, muito abaixo dos 16% de perdas reivindicadas pelas diversas categorias profissionais, e que não cobre sequer a inflação de 10,06% registrada em 2021.
O cálculo, segundo o governo, se baseia no comportamento da receita do Estado, de “modo a reajustar os rendimentos dos servidores sem comprometer o equilíbrio fiscal e a solidez das contas públicas”.