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Só mudou o ‘endereço’

Primeiro no PSB, agora no movimento Acredito: as contradições e polêmicas do deputado federal Felipe Rigoni

Agência Câmara

Depois do problema com o PSB ainda em 2019, devido à votação da reforma da Previdência, o deputado federal Felipe Rigoni, agora filiado à União Brasil, segue como protagonista de contradições e polêmicas decorrentes de seus posicionamentos em Brasília. Um dos movimentos que o lançou em 2018 e se apresenta como de renovação política, o Acredito, “está prestes a implodir”, com racha interno e insatisfações da militância. A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. No centro da questão, estão o recente voto de Rigoni a favor do “PL do Veneno”, em sentido oposto ao decidido pelo Acredito, e outras atitudes consideradas favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro, que já viriam de longa data. No caso do “PL do Veneno”, Rigoni chegou a ser alvo de um texto de protesto, cujo desenrolar resultou na saída do movimento de integrantes de Minas Gerais com mandato e de líderes e voluntários de outros três estados. Apesar das queixas e ânimos exaltados, a situação teria sido ignorada no Acredito, do qual o deputado é co-fundador. Isso tudo em ano eleitoral, com Rigoni, inclusive, vendendo para o mercado que é candidato ao Palácio Anchieta. É mesmo?

Contramão
Sobre Bolsonaro, O Globo lista que Rigoni votou a favor da compra de vacinas por empresas privadas e do projeto que limitou o poder da oposição de obstruir as votações de interesse do governo. Na questão do impeachment, também se opôs, assim como não aderiu, em declarações públicas, a defesa do voto contrário a Bolsonaro no segundo turno este ano. Todos pontos contrários ao defendido pelo Acredito.

Tudo tranquilo
À colunista Malu Gaspar, Felipe Rigoni disse encarar as discordâncias internas com “muita tranquilidade”. Ele defendeu que seu voto no “PL do Veneno” foi “muito bem justificado” e que há problemas no projeto, “mas ele é melhor do que situação atual”. Sobre o voto no segundo turno, desconversou.

Salada política
O novo partido de Rigoni, resultado da fusão entre DEM e PSL, mistura, no Espírito Santo, aliados e opositores ao governador Renato Casagrande (PSB). Os caminhos para as eleições deste ano ainda estão em aberto, dependendo de acordos nacionais, que também envolvem a decisão sobre o palanque presidencial e proposta de federação com o MDB e PSDB.

Salada política II
O PSL capixaba, há algum tempo, saiu do campo bolsonarista e se aliou ao lado oposto, de Casagrande. Já o DEM tem tanto o deputado estadual Theodorico Ferraço, crítico do governo, quanto seu filho, o ex-senador Ricardo Ferraço, aliado do socialista. Como esse emaranhado irá fechar, veremos!

Vergonha
No “PL do Veneno”, que libera e facilita o uso dos agrotóxicos no País, é sempre bom lembrar que o papel da bancada capixaba foi, mais uma vez, lamentável. Dos dez deputados, somente Helder Salomão (PT) e Ted Conti (PSB) não compactuaram com o absurdo proposto pelo governo federal. Os parlamentares que votaram “sim” à proposta passaram a ser chamados de “bancada do câncer”.

Vergonha II?
Agora, já está em curso nas redes sociais campanhas de entidades cobrando posicionamento dos senadores do Estado, os próximos a votar o projeto. E aí, Fabiano Contarato (PT), Rose de Freitas (MDB) e Marcos do Val (Podemos)?

Protocolar
Os membros do Ministério Público do Estado (MPES) participam, nesta sexta-feira (18), da eleição interna para a Procuradoria-Geral de Justiça. O trâmite, porém, é só burocrático. A atual ocupante do cargo, Luciana Andrade, é a única candidata inscrita. Há muitos anos não se via uma disputa assim no órgão ministerial. Que coisa, hein?!

Protocolar II
Desta forma, o MPES permanecerá sob comando do grupo de Eder Pontes, recém-nomeado desembargador do Tribunal de Justiça (TJES). Isso ocorre desde 2012. Nesse longo período, quando não era Eder o procurador-geral, era uma aliada antiga, primeiro Elda Spedo, agora Luciana Andrade.

Nas redes
“Em uma conversa sobre os caminhos que podem inspirar a pauta de um novo início para o Brasil, hoje [terça, 15] recebi, aqui em SP, o governador Eduardo Leite, o melhor dessa geração!”. Paulo Hartung, ex-governador do Estado.

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