Pleito nesta sexta-feira registrou 221 votos favoráveis à atual procuradora-geral de Justiça, do total de 273
A atual procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, foi reeleita nesta sexta-feira (18) para o biênio 2022-2024. Ela recebeu 221 votos, do total de 273, em eleição de candidatura única, condição registrada anteriormente no Ministério Público Estadual (MPES) apenas em 2014, com seu aliado Eder Pontes, hoje desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJES). Com sua recondução ao cargo, o órgão ministerial completa, já no início do atual biênio, dez anos nas mãos do mesmo grupo.
Luciana Andrade acompanhou, no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), a divulgação do resultado pela Comissão Eleitoral, após o encerramento da votação, às 17h. Ela agradeceu à classe “pela confiança na gestão liderada por ela, principalmente durante o difícil período de pandemia”. A procuradora foi nomeada na sequência, pelo governador Renato Casagrande, em visita institucional no Palácio Anchieta. A posse será no dia 2 de maio.
Ligada ao ex-procurador-geral e com trajetória em cargos de confiança no MPES, Luciana disputou a primeira eleição em 2020, após desistência de Eder Pontes que surpreendeu o mercado, recebendo 168 votos, 22 a mais que o principal adversário, promotor Marcello Souza. Na ocasião, ela era secretária-geral do gabinete de Eder e coordenadora da Assessoria de Gestão Estratégica. Assim que tomou posse, criou um cargo exclusivo para Eder, de assessor de Integração e Relações Externas (ASRE).
A estratégia eleitoral do ex-procurador para eleger sua sucessora foi semelhante à efetivada com outra aliada, Elda Spedo, que assumiu o cargo em 2016, diante da impossibilidade de Eder concorrer ao terceiro mandato consecutivo. Ele voltou a assumir a principal cadeira do MPES em 2019 e, depois, escalou Luciana como sua candidata, para então se concentrar no projeto de chegar ao Tribunal de Justiça do Estado (TJES), o que foi consolidado.
No primeiro período de gestão, Elda atuou alinhada com Renato Casagrande (PSB), principalmente em questões polêmicas envolvendo a pandemia do coronavírus, como o fechamento do comércio e o isolamento social, e as investidas bolsonaristas contra o governador.
A procuradora-geral é natural de Taubaté (SP) e iniciou a carreira no Ministério Público em março de 2003, como promotora de Justiça substituta na Promotoria de Justiça de Vila Velha. Atuou em várias comarcas do interior e, em 2011, foi promovida para atuar na entrância especial. Também trabalhou nas áreas Criminal, Cível e Infância e Juventude e integrou o Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (Getep). De 2012 a 2020, assumiu a função de secretária-geral do Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, atuando ao lado de Eder Pontes desde quando ele assumiu o órgão ministerial pela primeira vez, até ser alçada como candidata à sucessão.