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Militância petista faz pressão em defesa da candidatura de Contarato

Palanque de Fabiano Contarato é ato de pressão também junto ao PSB, relacionada à federação partidária

Divulgação

A decisão da Executiva Estadual do PT de lançar a pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo do Estado, no último dia 19, encontra terreno fértil entre a militância do partido e, uma semana depois de formalizada, alcança integrantes e simpatizantes que estão fora do campo da atuação política. Esse movimento visa, também, recolocar o PT no protagonismo das decisões de poder, seguindo o programa traçado no retorno dos direitos políticos de Lula, líder nas pesquisas para presidente da República.

Uma observação mais atenta sobre a cena política no Estado mostra que, como no campo nacional, os esforços para encontrar concorrentes competitivos estão fragmentados. Com exceção de Contarato, os pretendentes ao Palácio Anchieta, até agora, não apresentam elementos de enfrentamento eleitoral ao governador Renato Casagrande (PSB), apesar dele ainda não ter se declarado candidato á reeleição. Mesmo considerando que as articulações eleitorais ainda estão em andamento e que a campanha só começa em agosto.

O crescimento do movimento em defesa da manutenção da pré-candidatura do senador, cuja origem está ligada ao Comitê Lula Livre, se transformou, também, em elemento de pressão junto ao PSB nas negociações para a formação de uma federação partidária, principalmente depois das declarações consideradas ofensivas do governador Renato Casagrande à legenda, ao receber na residência oficial o presidenciável Sergio Moro (Podemos), responsável pela prisão do ex-presidente Lula.

Os nomes do deputado estadual Erick Musso (Republicanos) e do ex-deputado federal Carlos Manato (PL) são os dois colocados no mercado, ambos do campo da direita e da extrema direita, com atuação relacionada à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), que patina para sair de uma a rejeição bem acima de 60%, agravada com seu posicionamento desencontrado sobre a guerra da Rússia e Ucrânia.

A repercussão nos estados é negativa, no Espírito Santo principalmente para Manato, nome que três dias atrás não tinha sequer legenda para concorrer. Filiou-se ao PL, depois de implorar por meses ao “dono” do partido no Estado, o ex-senador Magno Malta. Já com Erick Musso, a pré-candidatura depende de melhorar a pontuação e, caso não vingue, será como um ensaio para tentar de novo em 2026.

O prefeito de Linhares, Guerino Zanon, de saída do MDB, procura uma legenda para se acomodar; Audifax Barcelos (Rede), ex-prefeito da Serra, aguarda definições sobre alianças e, enquanto isso, percorre o Estado em campanha antecipada e fora dos prazos fixados pela Justiça Eleitoral, uma prática também utilizada por Erick Musso.

As vantagens do senador Contarato são apontadas a partir da surpreendente votação nas eleições para o Senado em 2018 e à sua atuação no Congresso Nacional. Para o advogado Francisco Celso Calmon, militante histórico, independente de tendências, como ele se qualifica, “as condições objetivas e subjetivas estão favoráveis à candidatura de Contarato a governador, especialmente quando o atual governador, Casagrande, está aliado ao que há de pior no quadro partidário do Espírito Santo, bolsonaristas e moristas – uma coisa só”.

Ele acredita que pela “fotografia atual das pesquisas, ele reúne potencial para ganhar de Casagrande. E deverá contar com apoios, explícitos ou não, de colegas senadores de outras legendas. Com ele o PT poderá fazer três ou quatro parlamentares na Assembleia Legislativa”, projeta.

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