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Dança das bancadas

Fora do campo das certezas, como o PP, que já anunciou Madureira e Raquel Lessa, quais as mudanças previstas para a Assembleia?

Ellen Campanharo/Tati Beling

Com a abertura da janela partidária nessa quinta-feira (7), as mudanças previstas para a Assembleia Legislativa devem atingir quase metade dos 30 deputados estaduais. Os bolsonaristas Capitão Assumção e Danilo Bahiense se anteciparam ao prazo e já estão filiados ao PL. O primeiro foi liberado pelo Patriota e o segundo já estava sem partido. Nesse bloco, que faz oposição ao governo do Estado, permanece em aberto o destino de Torino Marques, que ficou no PSL apenas por obrigação e hoje ocupa o posto de um dos mais ativos do grupo em plenário. Também vai para o abrigo do presidente Jair Bolsonaro, ou para a outra perna da aliança, o PTB, ou ainda teria um Plano C? Desse mesmo lado, Carlos Von vai deixar o Avante para entrar no DC. A troca tem a ver com insatisfações ao apoio declarado do partido a Renato Casagrande (PSB). Alexandre Xambinho, que já foi “colocado para fora” do PL desde do ano passado, por motivo semelhante, também vai aproveitar a da janela, mas o destino ainda está “nas internas”. Outro Alexandre, o Quintino, que agora é União Brasil, depende das alianças para decidir seu rumo. Se o partido não apoiar Casagrande e apresentar candidato próprio – o nome de Felipe Rigoni está na roda -, o destino previsto será o PSB. Caso contrário, permanecerá onde está. Janete de Sá (PMN), por sua vez, foi cotada para partidos como o PSB e Republicanos, mas, até outro dia, ainda dependia de cálculos de chapa para se encaixar. Mais um nessa empreitada é José Esmeraldo, que saiu do MDB depois dos conflitos registrados no partido. Enquanto isso, no campo das certezas, o PP já espalha convite das novas filiações, em evento no próximo dia 11, incluídos Marcos Madureira, que manifestou ainda no ano passado insatisfações com o Patriota, e Raquel Lessa (Pros). Todos os nomes acima cotados para disputar a reeleição. Tem mais dois deputados a mudar de abrigo, que focam, porém, em Brasília: Sergio Majeski (PSB) e Renzo Vasconcelos (PP). Até, no máximo, dia 1º de abril, as contas fecham. E o mercado? Segue de olho!

Tsunami…à toa?
No caso de Renzo, era mais que certo que ele iria para o Pros. Afinal, foi o protagonista da crise instalada no partido, que passou para as mãos de seu braço direito, Kauê Oliveira. Depois, ecoaram conversas com o PDT e Republicanos. Deputado estadual em primeiro mandato, ele manifestou, há muito tempo, o projeto de disputar a Câmara dos Deputados.

De volta ao ninho?
Já Majeski, o campeão de votos em 2018 e que não nega o desejo de buscar o Palácio Anchieta, tudo indica, voltará para seu ninho anterior, o PSDB. Cobiçado por várias legendas, também ecoaram conversas com o União Brasil e o PDT.

Chapa
Se não viabilizar o governo, como indicam os atuais obstáculos, as apostas são de que fechará candidatura, também, à Câmara. No PSDB, a chapa já tem o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho, que se movimenta a torto e a direito e tem proximidade com Majeski. O Senado seria outra possibilidade, mas o cenário tem se desenhado complicado. O Estado, como se sabe, só terá uma vaga aberta, para um tanto de interessados.

‘Bom filho’
Marcos Madureira, ao divulgar o convite de sua filiação nas redes sociais, lembrou que já integrou o PP, em 1994, quando reeleito. “O bom filho à casa retornará”, completou. A legenda é comandada no Estado, desde que o mundo é mundo, por Marcus Vicente, aliado fiel de Casagrande.

O ‘x’ da questão
No mesmo evento, será oficializada, também, a filiação do deputado federal Da Vitória. A saída dele do Cidadania foi anunciada ainda no ano passado, após posicionamentos conflitantes e atritos decorrentes do apoio a Jair Bolsonaro. Resolvido esse lado, a pergunta que restou é: para onde ele vai na eleição?

Não dá liga
Da Vitória é um dos nomes que surgiram como alternativa de disputar o Senado dentro do grupo de Casagrande. Caso os planos não vinguem, ficará mesmo na tentativa à reeleição. Sim, como já tratado aqui algumas vezes, o deputado consegue ser muito próximo do governador e bolsonarista convicto ao mesmo tempo.

Data
A propósito, com as entradas em campo na eleição ao governo, já oficialmente, do presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), do senador Fabiano Contarato (PT) e do ex-deputado federal Carlos Manato (PL), que dia Casagrande vai assumir sua candidatura à reeleição?

Data II
É óbvio que ainda restam nós a desatar, como a aliança PSB-PT, que segue embaralhada. A candidatura de Contarato, inclusive, vem nesse embalo de pressões. Por outro lado, o tempo da disputa corre. A previsão para o encontro estadual socialista será o final deste mês. Vem aí o anúncio? A conferir!

Nas redes
“(…) O Espírito Santo vive ciclos de 20 anos e esse, que foi um importante ciclo, está se encerrando. Precisamos discutir o futuro e formar novas lideranças. Cumprimos bem um papel fiscal até aqui, mas precisamos entender quais são as próximas demandas do nosso estado (…)”. Felipe Rigoni, deputado federal pelo União Brasil, explicando o motivo de querer ser candidato ao governo.

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