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Da Vitória no Progressistas aproxima Casagrande ainda mais do Centrão

Filiação do deputado federal nesta sexta-feira traça perspectivas no cenário político que vão até as eleições de 2026

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Com a formação de uma federação com o PT fora dos planos para as eleições deste ano, do jeito como sempre se posicionou no plano nacional, o governador Renato Casagrande (PSB) dá mais um passo nesta sexta-feira (11) em direção ao Centrão, base congressista de Jair Bolsonaro, no ato de filiação do deputado federal Da Vitória ao Partido Progressistas (PP), no Centro de Convenções, em Vitória. O deputado, até agora no Cidadania, será acolhido pela legenda presidida no Estado por Marcus Vicente, secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano da gestão atual, para engrossar a fila de alianças para as eleições de outubro.


A movimentação de Casagrande deve encontrar pela frente a do PT, mais à vontade para confirmar a candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo. “Ele é o nosso candidato”, comenta um militante petista. 

À festa de filiação do deputado Da Vitória, estarão presentes o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP – AL), e o ministro-chefe da Casa Civil e presidente nacional licenciado do PP, Ciro Nogueira, os “donos” da legenda. A essa movimentação, soma-se a estratégia de Casagrande de garantir apoio dos evangélicos, também aliançados a Bolsonaro, via Convenção das Assembleias de Deus no Estado do Espírito Santo e Outros (Cadeeso).

As duas movimentações do governador atingem diretamente outros bolsonaristas, o pré-candidato ao governo Carlos Manato, do PL, e o ex-senador Magno Malta, coordenador dessa sigla no Estado e, segundo bastidores, traça ampla perspectiva para Da Vitória concorrer o governo em 2026, com o apoio do grupo que agora se forma.

Apoiadores de Manato e Magno reagiram e protestaram a um encontro do governador com a diretoria da Cadeeso, que representa mais de cinco mil pastores e cerca de 4000 mil votos, a maioria direcionados a projetos da direita e da extrema direita visando um segundo governo Bolsonaro, mantendo o Centrão como maior base de apoio. PP e PL, as duas principais siglas do grupo, mais o PSC e outros pequenos partidos cuja atuação é caracterizada pelo fisiologismo político, se movimentam para garantir, também, a ampliação de bases regionais.

Apesar das divergências entre as duas siglas, há conversa em curso como forma de unir o campo da direita e a sustentação bolsonarista, independente do presidente da República que for eleito, em outubro deste ano, com exceção do ex-presidente Lula (PT), na expressão de fontes integrantes dessa movimentação. Mais importante é manter Arthur Lira no comando da Câmara e ter apoio de governadores.

“Esta foi uma construção que contou com muito diálogo com o presidente nacional, Ciro Nogueira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, com o presidente regional, secretário Marcus Vicente, o deputado federal Evair [de Melo] e com os demais membros do partido, tanto no Congresso quanto no Espírito Santo”, explica Da Vitória em comunicado divulgado nessa quinta-feira (10).

O deputado ressalta as boas-vindas do presidente estadual do partido, Marcus Vicente, pré-candidato à Câmara Federal. Ele é o fiador da filiação, articulação que representa ameaça ao projeto de reeleição da senadora Rose de Freitas (MDB), em atrito com membros de seu partido. Uma situação que poderá levá-la a mudar os planos e concorrer à Câmara Federal.

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