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Dez pré-candidatos ao governo correm para formar chapas e garantir a disputa

Casagrande, Contarato e Manato são os nomes mais competitivos, segundo projeções do mercado

Leonardo Sá

Os 10 pré-candidatos ao governo do Estado intensificam as ações a fim de definir nomes para deputados estaduais e federais e senador, a duas semanas do final da janela partidária, que permite a troca de partido sem perda de mandato, em 1º de abril, data na qual os pretendentes a disputar cargos nas eleições de outubro já deverão estar filiados a um partido. Ao troca-troca entre legendas, motivo de atrito entre antigos aliados, soma-se a falta de densidade eleitoral, que levam a desistências e à busca de composições.

Dos nomes já colocados, o mercado projeta que somente três conseguirão consolidar a candidatura: o governador Renato Casagrande (PSB), Fabiano Contarato (PT) e Carlos Manato (PL), todos com dificuldades para formar alianças e montar chapas sem perder apoios importantes. Contarato permanece na relação de pré-candidatos caso prevaleça a posição da militância e dos dirigentes petistas no Estado, ainda na dependência da Executiva Nacional, em tratativa com o PSB.

O partido do govenador fechou, no entanto, a possiblidade de formação de uma federação, ampliando o afastamento, já agravado, no Estado, por relações conflitantes entre Casagrande e o PT em fevereiro deste ano, em consequência de recepção ao ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e presidenciável do Podemos Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato responsável pelas condenações do ex-presidente Lula, considerado parcial pelo Supremo Tribunal federal (STF).

As atuais articulações de Casagrande o levam para o campo de centro-direita. Nessa sexta-feira (11), no ato político em Vitória com a participação do presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (AP), um dos líderes do Centrão, bloco de apoio a Bolsonaro no Congresso, o governador foi cobrado para acomodar o deputado Da Vitória, o mais novo filiado ao PP, em sua chapa: como vice ou candidato ao Senado.

Já Manato encontra barreira entre seus apoiadores, como está ocorrendo com o PTB, cuja disputa pelo controle do partido respinga em suas articulações, dividindo apoio e gerando divergências. A Nacional foi destituída no último dia 8, e o conflito agora se encontra na esfera policial. A executiva eleita em 11 de fevereiro deste ano conta, desde esta sexta-feira, com uma decisão favorável do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.

Os nomes que integram o restante da relação de pré-candidatos, na avaliação do mercado, investem para futuras composições e desistências, voltando-se para garantir espaços em chapas consolidadas. O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), e o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede), que são apontados com maiores chances de crescimento, apresentam reduzida penetração no interior, apesar da maratona de eventos que promoveram nos municípios.

Já Aridelmo Teixeira (Novo) e o deputado Felipe Rigoni (União) ainda não conseguiram apoios necessários à disputa que pretendem e dificilmente irão formalizar alianças. Aridelmo, secretário da Fazenda de Vitória, tem sua atuação reduzida por estar no campo controlado pelo Republicanos, que cuida da pré-campanha de Erick Musso, e, também, por ser pouco conhecido no interior. Situação semelhante a de Rigoni, que, além disso, esbarra em problemas internos no União Brasil, ainda em estágio inicial como partido político. 

Guerino Zanon, de saída do MDB, apontado como o nome apoiado pelo ex-governador Paulo Hartung, começa a ser ofuscado pelo superintendente da Polícia Federal, Eugênio Ricas. Os bastidores apontam a montagem de chapa de Ricas com o ex-governador, no PSD. Hartung tenta retomar sua atuação política-eleitoral no Estado e disputar o Senado, depois de anunciar que estava fora da política.

Já César Colnago (PSDB), vice-governador da gestão Hartung e um dos que foram abandonados por ele, em 2018, divulgou nessa sexta-feira comunicado informando que pediu exoneração do cargo comissionado que ocupa na Assembleia Legislativa para se dedicar à pré-candidatura.

Na Justiça Eleitoral, as definições começam a partir do início de abril, data em que os partidos políticos, federações partidárias ou coligações devem ficar atentos às normas que regem as eleições. As articulações prosseguem até convenções partidárias, que podem ocorrer a partir de 20 de julho, para registro até 15 de agosto.

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