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Peritos oficias decidem sobre paralisação na próxima segunda-feira

Categoria, que reclama do “pior salário do País, volta a criticar falta de diálogo com o governo do Estado

Divulgação

O Sindicato dos Peritos Oficiais do Espírito Santo (Sindiperitos) realiza, na próxima segunda-feira (28), uma assembleia para decidir sobre a paralisação da categoria. Além das demandas por valorização salarial e autonomia, os servidores voltam a denunciar o distanciamento do governo do Estado, que interrompeu as negociações de forma unilateral.

A decisão será debatida às 10h, em frente ao Plantão de locais de crimes de Vitória. Também será deliberado, na ocasião, se a paralisação acontecerá em todas as cidades capixabas.

“O pessoal tem
 reclamado muito do tratamento indigno e, principalmente, do fato de várias categorias terem aumento, o que é merecido, mas o governo simplesmente não cumpriu a promessa de retirar a perícia capixaba do pior salário, último do país, criando uma política salarial prometida por ele mesmo”, aponta o presidente do Sindiperitos, Tadeu Nicoletti.

Os peritos capixabas reivindicam uma aproximação do salário da média nacional, que, de acordo com o sindicato, já chega a quase o triplo do que recebem os peritos do Espírito Santo. Nesse cenário, os profissionais que, por ano, realizam cerca de 350 mil atendimentos em todos os setores, se sentem cada vez mais desvalorizados.

“A categoria sempre foi parceira do governo, na busca da construção de uma perícia forte e que preste um serviço de qualidade para a população cada vez mais (…) Mas se sente totalmente desmotivada, desprestigiada, abandonada, jogada às traças por parte do governo, que não cumpriu a palavra. O governo prometeu, enrolou, ficou negociando até cerca de dois meses e meio atrás, e simplesmente abandonou, sem justificativa alguma”, relata Tadeu.

A falta de diálogo com a gestão Casagrande (PSB) já foi alvo de vários protestos da categoria em Vitória. No dia 23 de fevereiro, os peritos também pediram exoneração dos cargos de chefia da Polícia Técnico-Científica. A entrega dos cargos já havia sido deliberada em uma assembleia realizada no dia nove de fevereiro, e foi uma forma de denúncia ao não atendimento das demandas dos profissionais por parte do Governo do Estado.

Além das portas fechadas, os peritos também têm denunciado posturas de retaliação às mobilizações da categoria. Ainda em fevereiro, após as manifestações realizadas na Reta da Penha, em Vitória, cinco peritos foram convocados para comparecer à Corregedoria Geral da Polícia Civil e prestar informações sobre supostas irregularidades na condução do ato, o que, na ocasião, foi apontado como uma tentativa de intimidação.

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