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​Indefinições na disputa ao Palácio Anchieta mantêm campo do Senado embolado

Com três aliados em articulações para compor a chapa e ainda o PT, bloco de Casagrande tem nós difíceis de desatar

Com as indefinições na disputa ao Palácio Anchieta deste ano, permanece embolado o campo da outra perna majoritária do pleito, o Senado. São muitos os interessados para apenas uma vaga, com as amarrações ainda dependentes dos desfechos de alianças nacionais e locais. Fora desse cenário, até agora, está apenas o bloco bolsonarista, com a candidatura do ex-senador Magno Malta (PL), que tentará retornar ao seu antigo posto, após uma derrota de reviravolta em 2018.

Depois de muita resistência, Magno irá compor o palanque com o ex-deputado federal Carlos Manato, também filiado ao PL, representando a ala dos seguidores do presidente Jair Bolsonaro no Espírito Santo.

Na área do governador Renato Casagrande (PSB), que tenta repetir uma “frente ampla” em torno de sua candidatura à reeleição, o que significa reunir legendas de ideologias e candidaturas antagônicas, o nó segue difícil de desatar.

A atual dona da cadeira, Rose de Freitas (MDB), tenta garantir a composição na chapa, mas correm na mesma estrada o coordenador da bancada capixaba no Congresso Nacional, Da Vitória (PP), e o ex-secretário de Estado de Segurança Pública Alexandre Ramalho (Podemos), que vai estrear em eleição. Quem sobrar do arranjo, tudo indica, descerá para a eleição à Câmara dos Deputados.

Além disso tem o PT, no caso da aliança com o PSB avançar em nível estadual, o que ainda não aconteceu. Os petistas, hoje, têm cinco pré-candidatos ao Senado: Célia Tavares, que disputou a prefeitura de Cariacica em 2020; o vereador de Cariacica André Lopes; o ex-reitor da Universidade Federal do Estado (Ufes) Reinaldo Centoducatte; o ex-deputado estadual Genivaldo Lievore; e o presidente do Conselho de Cultura de Vitória, Valdir Castiglioni.

As conversas entre as duas legendas no Estado permanecem, porém, inalteradas, mesmo após uma reunião entre Casagrande e lideranças do PT capixaba nessa terça-feira (12). Na possibilidade de a composição convergir, mais adiante, o PT vai reivindicar posição de destaque na chapa, como a vice ou o Senado. Por enquanto, o senador Fabiano Contarato segue como candidato ao governo, o que dividirá votos com Casagrande na mesma área de centro-esquerda.

Há de se considerar ainda, nesse campo, o PSDB, para onde retornou o ex-senador Ricardo Ferraço. Embora ele não sinalize movimentos nesse sentido, as cotações para uma disputa em composição com o governador, seja na vaga de vice ou ao Senado, correm desde o ano passado, quando Ricardo ainda detinha o comando do União Brasil. 

Já no bloco das principais lideranças ligadas ao ex-governador Paulo Hartung (sem partido), o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD), o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) e o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), as próprias candidaturas ao governo ainda suscitam dúvidas, o que deixa em segundo plano as definições ao Senado. Até agora, só anunciou pré-candidatura o partido de Erick, com o ex-prefeito de Colatina Sérgio Meneguelli. No mercado político, no entanto, são registrados movimentos que visam unir as três lideranças para derrotar Casagrande, o que pode acarretar em mudanças até o período das convenções partidárias, em julho e agosto próximos.

As outras peças do tabuleiro atual, o deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) e o empresário Aridelmo Teixeira (Novo), da mesma forma, ainda não apontam candidaturas ao Senado. O primeiro enfrentou processo de debandada no novo partido, formado da fusão entre DEM e PSL, e depende das alianças que serão fechadas no projeto da terceira via e localmente. Já o Novo, que sempre defendeu chapa puro-sangue, tenta refazer a rota este ano, abrindo um pouco o leque, mas ainda sem indicações de parcerias no Espírito Santo.

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