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Professores da Ufes aprovam paralisação para o próximo dia 28

Em assembleia nesta quarta-feira, também foi aprovado indicativo de greve, sem data de deflagração

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (20), professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) aprovaram indicativo de greve sem data de deflagração, além de um dia de paralisação, que será no dia 28. Os trabalhadores reivindicam recomposição salarial de 19,99%; arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que trata da reforma Administrativa; e a revogação da Emenda Complementar 95, que congelou os investimentos em políticas públicas por 20 anos.

Adufes

O debate sobre deflagração de greve e a construção de um dia de paralisação tem sido feito não somente por professores universitários, mas também nas bases de várias categorias de servidores federais. A ideia inicial era discutir a construção da greve, iniciativa que já havia sido aprovada em outras duas assembleias da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), em janeiro e fevereiro deste ano. Entretanto, afirma a presidente da Associação, Junia Zaidan, houve um avanço nesse ponto de pauta em todo o país, acompanhado pelos docentes da Ufes.

“A plenária fez falas convergentes no sentido de lutar contra o arrocho salarial, o desmonte da universidade e fortalecer o movimento. Há disposição da categoria de avançar, mas é preciso tempo para uma mobilização que inclua um trabalho educativo de conscientização e de denúncia dentro da universidade, pois a gente fala uma coisa e o governo e a grande mídia outra”, aponta Junia.

A mobilização dentro da universidade será feita em articulação com os estudantes e os técnicos administrativos por meio de discussões, plenárias e festivais.

A dirigente sindical explica que o governo Bolsonaro anunciou reajuste de 5% para os servidores públicos federais, o que tem sido divulgado pela imprensa, mas não há nada oficializado. A defasagem de 19,99% é referente aos últimos três anos, mas se for considerar os últimos cinco, sobe para 50%, acrescenta a professora.

A discussão a respeito do indicativo de greve tem sido feita pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Os servidores federais são contrários à PEC 32, devido a retrocessos como o fim da estabilidade dos servidores e redução da realização de concurso público, utilizando como argumentos o combate aos privilégios, sem afetar, porém, salários do topo da pirâmide, como de magistrados, militares e parlamentares. “Vai atingir somente a base dos servidores, que não tem privilégios”, critica Junia.

Desde 17 de março, servidores públicos federais têm feito protestos em Brasília, em frente ao prédio do Ministério da Economia.

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