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Centrais sindicais realizam ato ‘por emprego, direitos, democracia e vida’

“Cada dia que a gente acorda é um direito a menos”, convoca Clemilde Cortes, da CUT-ES

As centrais sindicais do Estado realizarão, neste domingo, 1º de maio, um ato político e cultural por ocasião do Dia do Trabalhador, na Praça Costa Pereira, Centro de Vitória. O tema será “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”.

A mobilização acontecerá das 9h às 14h, com o microfone aberto para falas e apresentação de bandas de congo, Coral Serenata e Bloco Afrokizomba. Fazem parte da organização a Central Única dos Trabalhadores (CUT-ES), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical e Central Sindical e Popular Conlutas (CSP). “Cada dia que a gente acorda é um direito a menos, precisamos mudar isso”, convoca a presidente da CUT, Clemilde Cortes.

Ela elenca alguns problemas pelos quais o Brasil passa, no que diz respeito à empregabilidade, recordando da reforma Trabalhista, aprovada pelo governo Temer (MDB), em 2017. “Disseram que geraria emprego, mas só tirou”, diz, além de destacar que “a relação entre patrão e empregado piorou”. “Essa relação nunca foi igual, mas quando prevalece o negociado em relação ao legislado, piora, pois negociar pressupõe boa vontade de ambas as partes”, aponta.

Clemilde explica que a prevalência do negociado em relação ao legislado se dá, por exemplo, fazendo com que a convenção coletiva tenha mais peso do que a própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

No quesito direitos, a presidente da CUT afirma que não somente a reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PL), mas também a de Vitória, serão questionadas durante o ato. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que trata da reforma Administrativa, também é apontada como uma medida de retirada de direitos.

Clemilde salienta que a PEC não foi votada devido às manifestações realizadas em todo o país, como a campanha “quem votar não volta”, mas que não foi descartada. “É ano eleitoral e os parlamentares estão com receio de levar para votação por temer o resultado das urnas, mas ela ainda pode entrar em pauta e, se aprovada, vai prejudicar principalmente a população mais vulnerável, que é a que mais precisa de serviços públicos de qualidade”, alerta.
Entre os atentados à democracia destacados pela dirigente sindical está a situação dos professores, que “perderam a liberdade para ministrar aulas”. “Hoje eles têm que escolher palavras, pois há ataques para quem defende a diversidade, são policiados o tempo inteiro”, afirma.

No ato de domingo, acrescenta, será denunciada a parcialidade da Justiça, que, segundo ela, costuma “agir com velocidade por meio de interdito proibitório nas greves de trabalhadores”, e a repressão policial às manifestações populares.

Por fim, a defesa da vida será feita por meio de protestos sobre o descaso do Governo Bolsonaro (PL) na condução da pandemia do coronavírus, além de evidenciar a fome, que tem aumentado em todo o país. “Para ter vida é preciso comer, isso é o básico, é o mínimo, mas hoje a gente para nos semáforos e vê muitas pessoas com uma plaquinha dizendo ‘me ajude, estou com fome'”, lamenta.
Marcha

As centrais sindicais, assim como movimentos sociais, coletivos, sindicatos e outras organizações da sociedade civil, também participarão da 23ª Marcha pela Vida e Cidadania, no dia 1º de maio, organizada pela Pastoral Operária da Arquidiocese de Vitória. A concentração será às 8h30, na comunidade Sagrado Coração de Jesus, em Vila Graúna, Cariacica, de onde os manifestantes partirão para a praça de Santana, no mesmo município. Com o lema “Pela Vida, Direitos, Educação e Democracia: Gritamos!”, um dos objetivos é incentivar a retomada da mobilização popular presencial.

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