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Policiais rodoviários do Estado aderem a atos pela reestruturação da carreira

Ações incluem protestos nas superintendências, marcha em Brasília e Dia de Segurança Viária

Os policiais rodoviários federais do Espírito Santo decidiram aderir ao cronograma de atividades em prol da valorização da carreira, aprovado em Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Representantes, realizada nesta semana pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF). No cronograma constam atos nas superintendências regionais, marcha em Brasília e a promoção do Dia Nacional de Segurança Viária.

O Dia Nacional de Segurança Viária será na próxima quinta-feira (12). O presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Espírito Santo (Sinprfes), Marcelo Fávero Brandão, explica que a garantia desse tipo de segurança faz parte da atribuição constitucional da categoria, mas a proposta é que nessa data ela seja intensificada nos trechos mais críticos do Espírito Santo e do Brasil.

O ato na superintendência regional, que fica no Centro de Vitória, será em 19 de maio. A ideia, segundo Marcelo, é que sejam feitas atividades no local durante todo o dia. Além disso, haverá representantes da categoria na Marcha Nacional, que será realizada em primeiro de junho. Trabalhadores de todo o Brasil chegarão em Brasília nos dias que antecedem o evento e permanecerão acampados em preparação para o ato.
Em 23 de março foi encaminhada minuta de Medida Provisória (MP) da reestruturação das forças policiais da União do Ministério da Justiça (MJ) para o Ministério da Economia, onde se encontra atualmente. Marcelo afirma que os trabalhadores não viram a proposta e que não há informações oficiais, mas que não têm motivo para acreditar que não foram incluídos. 
O dirigente sindical destaca que, quando se trata da reestruturação da carreira, foca-se muito na questão salarial, entretanto, para os policiais rodoviários federais, representa uma dimensão maior. Um dos questionamentos é o fato de que os servidores trabalham em regime de dedicação exclusiva, portanto, pessoas com formação de nível superior não podem exercer as profissões nas quais se graduaram.
Outra crítica é ao fato de que, após aprovação no concurso, os policiais têm que ter dedicação exclusiva à Academia. Assim, é necessário abandonar suas profissões mesmo com o risco de não serem aprovados. Eles defendem que, ao passarem no certame, os participantes já tomem posse como policiais federais e façam o curso nessa condição.
Além disso, Marcelo informa que para chegar ao topo da carreira, demora-se cerca de 15 anos, o que acontece de forma automática. A reivindicação é de que os policiais façam cursos ao longo da carreira para haver a progressão. “As pessoas dizem ‘vocês passam no concurso e estão com a vida feita’, mas não queremos isso. Não queremos acomodados, e sim, pessoas capacitadas para melhor atender a sociedade”, destaca.
Os policiais federais também têm se mobilizado em prol da reestruturação da carreira. Em 28 de abril eles protestaram em frente ao prédio da Polícia Federal, em São Torquato, Vila Velha.

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