Ex-reitor da Ufes Reinaldo Centoducatte, pré-candidato ao Senado, é um dos signatários do documento
“Autonomia universitária como previsto na Constituição de 1988, que inclui a administrativa (gestão do patrimônio, escolha de dirigentes, gestão); acadêmica (ensino, pesquisa e extensão); e financeira (gestão financeira)”, são alguns dos principais pontos do documento “Educação e Ciência para Reconstruir o País”, entregue ao ex-presidente Lula e a outras lideranças políticas por ex-reitores, pesquisadores, professores e lideranças que são pré-candidatos ao Congresso Nacional e às assembleias legislativas.
Do Espírito Santo, assina o manifesto o ex-reitor da Universidade Federal (Ufes), Reinaldo Centoducatte, também ex-presidente Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), pré-candidato ao Senado. Ele disputa uma vaga na chapa do PT para as eleições de outubro com a também professora Célia Tavares, que avançou para o segundo turno da disputa à prefeitura de Cariacica em 2020.
Os signatários afirmam que o movimento é de resistência ao desmonte e destacam que a situação poderá se revertida, reforçando suas pré-candidaturas aos legislativos. Criticam que “o desmonte das instituições públicas, na direção do estado mínimo, é a marca de um governo que aprofunda a agenda neoliberal e um ajuste fiscal irrealista. Vamos na direção oposta dos países desenvolvidos e, ultrapassando as piores previsões, caminhamos na direção do obscurantismo, sob um governo que nega a ciência em cada um de seus atos e retrocede na formação da população”.
O documento, entregue ao ex-presidente Lula durante sua passagem por Juiz de Fora, Minas Gerais, aponta que a Educação e a Ciência são pilares fundamentais para a reconstrução do Brasil e ressaltam que “nenhum país conseguiu se desenvolver plenamente sem implementar políticas de Estado para Educação e para Ciência, Tecnologia e Inovação. A Educação é porta de acesso a empregos de melhor qualidade e com maior remuneração, amplia oportunidades e possibilita um desenvolvimento econômico mais equânime”.
Destaca, ainda, a retomada do Plano Nacional de Educação, que inclui a necessidade das conferência de educação municipais, estaduais e nacionais; e investimentos e recuperação das instituições de fomento de ciência, tecnologia e inovação.
Para eles, há um “descaso intencional e criminoso com a saúde pública é a outra face visível e cruel desta aversão ao conhecimento, que já resultou na perda de mais de 650 mil vidas para a Covid-19. Felizmente, testemunhamos o enorme esforço da comunidade científica brasileira e seu compromisso com a vida, na busca de soluções para a gravíssima crise sanitária”.
Concluem que “os próximos governos, federal e estaduais, terão o enorme desafio de retomar o crescimento econômico, criar empregos, superar a pobreza e reduzir a desigualdade. Para isso, precisarão contar com o apoio de parlamentares com experiência em gestão e envolvimento da nossa comunidade acadêmica”.