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Mercado projeta renovação da bancada na Câmara e ampliação da direita

Deputado federal Felipe Rigoni, do União Brasil, é visto como único puxador de votos do partido, caso dispute a reeleição

Pelo menos cinco dos 10 parlamentares da bancada capixaba na Câmara dos Deputados correm o risco de não se reelegerem nas eleições deste ano, com base no quociente eleitoral, estimado em cerca de 200 mil votos por legenda, segundo projeções de analistas políticos que circulam nos bastidores. Os cálculos indicam reforço a partidos da direita, integrantes do “centrão”, e apontam como caso mais emblemático o do União Brasil, criado com a fusão do PSL e DEM.

Apesar de ter nascido como o maior partido na Câmara, com R$ 800 milhões do fundo eleitoral, somente garantiria uma vaga no Espírito Santo se o deputado Felipe Rigoni, seu presidente, concorresse à reeleição e não ao governo do Estado. Caso contrário – afirmam as projeções, realizadas para consumo interno de legendas partidárias -, os nomes apontados como pré-candidatos não atingiriam, se as eleições fossem nesta segunda-feira (16), o percentual do quociente eleitoral.

A tendência é que esse cenário permaneça com poucas alterações, em decorrência da reduzida densidade eleitoral da maioria dos integrantes da chapa, com apenas um puxador de votos: o próprio Rigoni. Ao assumir o controle do partido, em março deste ano, o deputado provocou a debandada de lideranças como a deputada federal Norma Ayub, hoje no PP, onde concorre à reeleição, na mesma faixa de votos dos também deputados federais Evair de Melo e Neucimar Fraga, onde também atua o deputado Josias da Vitória, todos agora filiados na mesma legenda.

As projeções indicam ainda a ligação da bancada com partidos da direita, praticamente sem alterações do cenário atual, mantendo apenas um representante da ala progressista, o deputado Helder Salomão, do PT. No entanto, há a perspectiva de eleger mais um, do PSB. De outro lado, deverá ocorrer o crescimento de partidos do chamado “centrão”, base do bolsonarismo, como o PP, que tem a possibilidade de eleger dois federais.

Já o PDT, controlado no Espírito Santo pelo prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, enfrenta pressão de alterar a chapa para federal, com a retirada do nome da ex-deputada Sueli Vidigal, casada com o prefeito, cuja rejeição é considerada elevada. Além de Sueli, o PDT já anunciou o apresentador de TV Philipe Lemos.

Ainda pelo município da Serra, concorre o presidente da Câmara de Vereadores, Rodrigo Caldeira, do PSDB, sigla que conta ainda com o deputado estadual Sergio Majeski, caso confirme a candidatura, e o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho, que, juntamente com Majeski, é visto com puxador de votos, mas, segundo as projeções, o partido deve eleger um.

A configuração da bancada, dentro das probabilidades projetadas no mercado, indicam que o PP poderá eleger dois federais, Republicanos um a dois; PSDB, um: PT, um ou dois; PSB, um; Podemos, um; e PDT, um. O Espírito Santo tem, ao todo, dez cadeiras na Câmara Federal.

Quociente eleitoral

As regras para as eleições deste ano estabelecem para os cargos majoritários (presidente e vice-presidente, senador, governador e vice-governador) a maioria dos votos válidos, sendo descontados os brancos e os nulos. Já a escolha para os cargos proporcionais – deputado federal, deputado estadual e deputado distrital – obedece ao princípio da representação proporcional.

Eles são eleitos pelo sistema proporcional. Nesse sistema, a votação de cada candidato é influenciada pela soma de votos de todos os candidatos do mesmo partido ou coligação e ainda pelos os votos de legenda. Basicamente, os votos que “sobram” dos candidatos mais votados ajudam a eleger outros do mesmo partido ou coligação.

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