Categorias se concentrarão em frente à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, em ato por reposição salarial de 16%
Convocados pela Frente Unificada de Valorização Salarial (Fuvs), servidores da área de segurança pública participam nesta quarta-feira (25), às 14 horas, do ato de instalação da Frente Parlamentar de Segurança Pública, que será realizado no plenário da Assembleia Legislativa. O evento, liderado pelo deputado Danilo Bahiense (PL), que é delegado da Polícia Civil, faz parte do movimento da Fuvs por uma reposição salarial de 16% reclamada pelos servidores.
A movimentação, que vem desde fevereiro deste ano, quando o governo determinou uma reposição de cerca de 10% aos servidores do setor, inclui um trio elétrico em frente à Assembleia, com concentração de servidores e bandeiras de protesto. No plenário, três representantes dos servidores falarão, sendo um da Polícia Militar, outro dos Bombeiros e o terceiro da Polícia Civil.
“Ao assumir o governo do Espírito Santo, Renato Casagrande fechou as portas para o diálogo e, após muita luta, impôs uma reposição salarial que em nada mudou nossa situação vergonhosa de pior salário do país”, pontua o texto da convocatória, espalhado via redes sociais pelas diversas categorias profissionais da área de segurança pública.
O presidente da Associação de Bombeiros Militares, tenente Emerson, afirma que “a realidade é vergonhosa em relação aos salários do restante do Brasil”. Para ele, “o governo não cumpriu o acordo firmado com as associações de classe em 2020, apesar de manter a nota A com arrecadação em alta”.
O texto da convocação destaca ainda que é necessário “investir em servidores da área, que não se alimentam de viaturas, armamentos e equipamentos”.
Gilmar Ferrari, representante da Associação dos Investigadores de Polícia Civil, ressalta que “espera uma grande movimentação de servidores no primeiro dia da Frente Parlamentar de Segurança Pública, para mostrar ao governo que não se pode faltar com a palavra”. Ele destaca que as categorias, por meio de suas entidades, irão adotar medidas de cunho político, “que influenciarão na campanha eleitoral, porque será levada à sociedade a realidade do setor”.