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Comunidades de Cariacica cobram investimentos em infraestrutura

Moradores afirmam que demandas são encaminhadas para a gestão de Euclério Sampaio, mas ignoradas

Moradores de comunidades da Região 11 de Cariacica se queixam da falta de investimentos em infraestrutura nos bairros, com destaque para a precarização da iluminação pública, capinagem e limpeza de córrego, que têm trazido problemas para as localidades. Embora já tenham contatado a gestão de Euclério Sampaio (União), os moradores relatam que não há retorno sobre suas demandas.

A região é composta pelos bairros Vila Isabel, Rosa da Penha, São Benedito, São Geraldo II, Campo Belo, Maracanã e Itapemirim. A presidente da Associação de Moradores de Vila Isabel, Elza Patrício Fagundes, que também preside a Federação das Associações de Moradores de Cariacica (Famoc), afirma que em seu bairro e nos demais a falta de iluminação pública tem facilitado a ocorrência de assaltos.

Essa realidade, relata, tem imposto restrições aos moradores. “Deu oito horas da noite muita gente prefere não sair de casa. Aqui em Vila Izabel tinha uma feirinha de produtos agrícolas toda quinta-feira, após sofrer assaltos, os feirantes decidiram não trabalhar aqui mais”, informa. Elza também se queixa da falta de limpeza no córrego, onde deságua o esgoto. De acordo com ela, a última foi ainda no primeiro mandato do então prefeito Geraldo Luzia de Oliveira Júnior (Cidadania), o Juninho.
Como o córrego fica na divisa com o bairro Maracanã, essa comunidade também é prejudicada. “O esgoto sobe, entra na casa das pessoas, deixa tudo muito sujo. Há um mês, solicitamos que a prefeitura fizesse a limpeza, mas não aconteceu”, afirma Elza, destacando que a demanda por troca de lâmpadas nos postes de Vila Izabel também foi encaminhada para a gestão municipal e ignorada.
O mesmo aconteceu em Itapemirim. O diretor da associação de moradores, Francisco Romero, ressalta que liga para a prefeitura há 60 dias em busca de solução para o problema, sem êxito. De acordo com ele, no bairro há lâmpadas queimadas e outras que acendem e apagam constantemente. 
A falta de capinagem, acrescenta, aumenta a sensação de insegurança e traz incômodos, como a proliferação de insetos.

Elza afirma que os bairros da região 11 passam por problemas semelhantes entre si, porém, a ausência de associações de moradores, como nas comunidades de São Geraldo II e Campo Belo, geram dificuldades de diálogo para conhecer as demandas da localidade. Entretanto, por meio da Famoc, será feita uma tentativa de reunir moradores de todos bairros da região para uma mobilização conjunta, com uma reunião já agendada para 1º de julho.


No que diz respeito à questão da iluminação pública, ela lamenta o fato de o Conselho Municipal de Iluminação Pública ter sido extinto em 2020, na gestão de Juninho. “Precisa ter o conselho, é necessária a fiscalização”, defende.

O conselho foi extinto por meio do Projeto de Lei 36/2020, de autoria do então vereador Joel da Costa (DEM). Na ocasião, a Famoc reivindicou o veto alegando que a medida não era competência do legislativo. O colegiado foi criado em 2003, na gestão do então prefeito Aloízio Santos, mas não foi implementado de fato. Em 2005, com o prefeito Helder Salomão (PT) houve tentativa de ativar o Conselho, sem sucesso.

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