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Cidadania e as próximas eleições

Eleitor tem em suas mãos este ano um importante instrumento de mudanças política e social

A eleição, a escolha de nossos representantes, é um processo em construção em que cada cidadão e cidadã pode e deve influenciar desde o seu início. Não devemos aceitar passivamente o conceito de que tudo já está consumado, resolvido, pois este processo só se conclui com a contagem dos votos, até lá, tudo são possibilidades.

Para melhorar a sociedade em que vivemos, precisamos escolher, para nos representar no legislativo, fazendo leis, e no executivo, promovendo as políticas públicas de nosso interesse, lideranças que pensem como nós, defendam nossos direitos e interesses, nossos iguais, para somar esforços na realização por uma sociedade justa e igualitária.

Para caminhar neste sentido, o processo eleitoral é, sem dúvida, uma excelente oportunidade de exercermos nossa cidadania e escolhas, que devem ser discutidas entre pares que comungam dos mesmos ideais. Um debate em que devemos ressaltar a nossa responsabilidade como cidadãos no processo de escolha de nossos representantes.
Nosso objetivo deve ser sempre fortalecer a democracia, ampliar nossa liberdade e nossa participação, para garantir nossos direitos.

Nosso direito ao sufrágio universal foi garantido, pela nossa luta, na constituição cidadã de 1988, onde todo cidadão e cidadã tem direito ao voto. Essa conquista garantiu uma ampliação da democracia representativa no Brasil, onde todos com mais de 16 anos, alfabetizados ou analfabetos, têm garantido o seu direito de escolher através do voto quem vai representá-los nos poderes instituídos. É preciso relembrar que nem sempre foi assim na história do nosso querido País.

No Brasil colônia e durante o Império brasileiro, as escolhas só eram permitidas aos homens que possuíam um determinado nível de renda. Na República é que as escolhas foram estendidas aos demais homens, as mulheres não podiam votar, elas só puderam participar das escolhas pelo voto, com a reforma do Código Eleitoral, nas eleições de 1932.
As ditaduras no Brasil que ocorreram de 1937 a 1945 e, entre 1964 a 1985, afastaram os cidadãos brasileiros da escolha dos seus representantes, o que só reforça a importância da nossa constituição cidadã de 1988 e a nossa participação neste processo de escolhas.

Por isso, em conversas com familiares, amigos, colegas de trabalho, de igreja, do esporte, enfim, das diversas relações sociais, torna-se necessário argumentar que a nossa República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de direito e que nossa constituição cidadã de 1988 garante, em seu artigo primeiro, com um parágrafo único, que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos diretamente” (art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988).

Portanto, o eleitor tem em suas mãos um importante instrumento de mudanças política e social, o seu direito de escolher quem vai representá-lo, pelo voto direto e secreto, garantido pela democracia e soberania popular.

O processo eleitoral está em construção pelas lideranças políticas de nosso Brasil. Nós, da base social, o povo trabalhador, não podemos abrir mão da nossa participação, devemos sim debater nos grupos sociais os nossos interesses, direitos e desejos de uma sociedade onde sejamos incluídos no orçamento e nas políticas públicas de moradia, transporte, trabalho e geração de renda, mobilidade urbana, segurança, saúde, educação, esporte, de lazer, cultura, entre tantas necessidades do povo.

Para fazermos uma boa escolha na hora de votar. é preciso acompanhar pelos meios de comunicação, tradicionais ou virtuais, as lideranças que sempre estiveram na luta em defesa de nossas causas, de nossos interesses.

Acompanharmos seu partido e sua história de vida, para verificar se sempre esteve do nosso lado ou não, e debatermos isso com os nossos iguais para escolhermos verdadeiros representantes do nacional ao local, lideranças comprometidas com a democracia, com a nossa participação, e que realmente tenham compromisso com as nossas necessidades, por isso, nossa participação e influência para que o povo trabalhador faça as melhores escolhas, segundo nossos interesses e necessidades, é fundamental.

Isso deve se dar neste momento eleitoral e político. Devemos aproveitar esta oportunidade para tratar da importância de participarmos da organização do bairro onde moramos, da cidade onde vivemos e do nosso país, e o papel de cada poder, executivo, legislativo e judiciário, e suas competências e reponsabilidades.

Devemos também observar a influência de outros setores importantes da sociedade, como a mídia, e de que lado ela joga com os interesses em disputa.

Democracia e cidadania se fazem em todos os momentos, mas é quando se aproxima o período das eleições, que a nossa sociedade volta seu foco para a importância da política em nossas vidas. É necessário refletir com nossos iguais quais democracia e cidadania se fortalecem e atendem a nossos interesses, com participação e acompanhamento das lideranças e de seus mandatos, para nos representar.

“Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem”.  Bertold Brecht  (1898-1956, dramaturgo e poeta alemão do Século XX).

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