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Cresce pressão por candidatura de Contarato na Nacional do PT

Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, recebeu relatórios de comitês populares sobre o evento de sábado em Vitória

PT

A dois dias do final do prazo estabelecido para definir se o senador Fabiano Contarato será mesmo candidato ao governo neste ano, que expira nesta quarta-feira (15), crescem as pressões junto à direção nacional do PT depois do evento realizado nesse sábado (11) no Sindicato dos Bancários, Centro de Vitória. A Executiva estadual e toda a militância, à unanimidade, reafirmaram o apoio ao senador e a maioria dos pronunciamentos rejeitou erguer palanque para o governador Renato Casagrande (PSB), candidato à reeleição.

Nesta segunda-feira (13), comitês populares do PT enviaram à presidente nacional do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann, relatórios sobre o evento, documentados com vídeos e noticiários na imprensa, solicitando uma conversa, a fim de expor a situação no Espírito Santo, como informa a ativista Fernanda Tardin, do Movimento Lula Livre e do Comitê Popular da Praia do Canto. Ela é uma das organizadoras do movimento em defesa do nome de Contarato.

Para Marcelão, ex-vereador de Vitória e do Comitê de Jardim da Penha, o diretório estadual tem que exigir da Nacional uma posição que reflita o clima do encontro. “Chega dessa hegemonia de Paulo Hartung/Casagrande, o nome é Contarato”, diz, e enfatiza que “a Nacional tem que respeitar as decisões daqui do Estado”.

Gleisi Hoffmann e o PSB fixaram o dia 15 de junho para superar impasses na disputa ao governo no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, que se relacionam com a aliança em São Paulo, onde o petista Fernando Haddad lidera, mas busca a desistência do ex-governador Márcio França. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, exige o apoio a seus candidatos nesses estados para favorecer Haddad, com o redirecionamento de França para concorrer ao Senado.

No encontro de sábado, organizado pelos movimentos sociais e o diretório estadual da legenda, foi ressaltado que a militância do PT não estará na campanha de Casagrande não apenas por discordar da atual gestão, mas, também, pelo posicionamento do governador, com marca de antipetismo, defensor da terceira via. Casagrande seguia a onda que colocava o ex-presidente Lula em desvantagem no Estado, até os últimos levantamentos, nos quais ele passou a liderar a corrida presidencial.

“A unanimidade da militância, do diretório e de todos os pré-candidatos do partido certamente irá pesar nas decisões da Nacional”, comenta o escritor Perly Cipriano, ativista e pré-candidato a deputado federal, que aguarda para este dia 15 uma decisão favorável ao nome do senador, que assumiu de vez a pré-candidatura e cobrou da Nacional um posicionamento de forma a referendar as manifestações do encontro de sábado e o fato de a militância já ter levado a campanha às ruas.

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