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Estado investiga nova suspeita de caso de varíola do macaco

Paciente que relatou sintomas circulou em um país onde já há transmissão comunitária da doença

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (22), o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, informou que o Laboratório Central (Lacen) investiga nova possibilidade de suspeita de varíola do macaco, a Monkeypox. O paciente é um homem, na faixa etária entre 30 e 39 anos, com histórico de viagem a diversos países com casos já confirmados para a doençaEle se encontra em isolamento domiciliar, com início de sintomas, relatado pelo mesmo, em 13 de junho.

O paciente apresenta lesões cutâneas em diversas partes de seu corpo, sintoma sugestivo e característico da doença. Seus contatos estão sendo monitorados pelo município. 

Nésio alertou para que as pessoas fiquem atentas aos sintomas, sendo alguns deles parecidos aos de quadros respiratórios. Destacou ainda que, futuramente, pode haver casos de pessoas com varíola do macaco que não circularam em países do exterior.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o Laboratório Central é capacitado para realizar o teste molecular específico para detecção do vírus da Monkeypox, porém, ainda não recebeu os insumos do Ministério da Saúde. As amostras do paciente já estão em análise relacionadas as doenças que apresentem características semelhantes, tais como herpes, sarampo e sífilis (diagnóstico diferencial). Caso nenhuma das doenças sejam confirmadas, as amostras serão encaminhadas ao laboratório de referência na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Este é o segundo caso de suspeita de varíola do macaco no Espírito Santo. O primeiro foi anunciado na última semana, mas descartado pelo Lacen e, depois, pelo Ministério da Saúde. O paciente era um homem estrangeiro, de 44 anos, comandante de embarcação marítima de carga procedente de Singapura, e estava fundeado na costa capixaba. Ele relatou febre de início súbito e erupções cutâneas que progrediram pelo corpo em 48 horas.

A identificação de casos em diferentes países do mundo acendeu o alerta de médicos e especialistas. No último sábado (18), a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu passar a trabalhar em uma resposta unificada ao vírus. Isso porque, antes dessa nova onda de disseminação da doença, a varíola do macaco era considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental, onde o vírus circulava o ano todo, com volume esperado de casos.
Nos últimos meses, no entanto, casos passaram a ser identificados em outras partes do mundo, principalmente na Europa, que é responsável por 84% dos casos notificados. De acordo com a OMS, só entre janeiro e junho deste ano, 2.103 casos confirmados da doença foram relatados em 42 países. No Brasil, até agora, foram confirmados oito casos.

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