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Deputado denuncia crimes cibernéticos em empresas no sul do Estado

Bruno Lamas disse que reúne provas para serem apresentadas aos órgãos responsáveis 

O deputado Bruno Lamas (PSB), membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na Assembleia para investigar ataque de hackers a empresas capixabas, pediu apoio das polícias Civil e Federal, além do Ministério Público, para investigar supostos responsáveis por crimes cibernéticos no sul do Espírito Santo. Em pronunciamento nesta quarta-feira (6), o parlamentar afirmou que “grandes empresas” sediadas nas divisas com o Rio de Janeiro e Minas Gerais, e que atuam no Espírito Santo, estariam praticando supostos crimes contra os provedores locais.

O objetivo seria prejudicar o funcionamento da internet e passar uma falsa imagem aos consumidores finais de que o serviço realizado no Estado é ruim. Os ataques possibilitariam a redução da velocidade de internet, afetando o consumidor final. Nos últimos dias, houve aumento de reclamações, que seriam a partir de oscilações provocadas pelos ataques.

“Estamos reunindo provas, inclusive com diversos Boletins de Ocorrência, que essas empresas estariam praticando crimes, afetando o sistema para deixá-lo mais lento. Dessa forma, parariam a internet, causando a indisponibilidade do serviço em hospitais, escolas, pequenas empresas, cooperativas, enfim, gerando milhões de reais em prejuízo ao comércio. E o pior: colocam a vida das pessoas em risco”, denunciou Bruno.

De acordo com o deputado, a CPI pretende ouvir seis representantes de empresas. “Isso configura crime do Artigo 266, do Código Penal, interrupção ou perturbação dos serviços telegráficos, telefônicos, telemáticos, informáticos ou informação de utilidade pública. A pena é de um a três anos de multa”, disse.

Ele reforça que, diferente de alguns casos em que o hacker tenta extorquir empresas do comércio eletrônico, existem “empresas que estimulam e financiam ilicitamente práticas concorrenciais espúrias, meios fraudulentos para desviar em proveito próprio ou alheio clientela de outrem (Artigo 195, da Lei 9.269, de 1996)”.

“Estou propondo ao presidente da CPI, deputado Vandinho Leite (PSDB), a convocação dos representantes dessas empresas. Nessa modalidade, não há roubo de dados digitais, mas os ataques hackers serviriam para afetar os provedores locais com o objetivo de tentar desqualificá-los junto ao consumidor final, que fica insatisfeito com a lentidão na rede”, explicou Bruno.

A denúncia feita pelo deputado já é alvo de investigação na Delegacia de Crimes Cibernéticos. Uma reportagem feita por uma TV local aponta que os ataques têm ocorrido há cerca de um mês, nos municípios de Vargem Alta, Atílio Vivácqua, Venda Nova do Imigrante, Iconha, Castelo, além de outras cidades do Caparaó.

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