Marcos do Val em todas na imprensa nacional: não teve compra de voto na eleição à Presidência do Senado, só muita “gratidão”
O nome do senador Marcos do Val (Podemos) está cravado em diversos veículos nacionais de imprensa nesta quinta-feira (7), por uma entrevista concedida ao Estadão. Sem qualquer pudor ou constrangimento, ele disse que recebeu R$ 50 milhões em emendas do orçamento secreto, por ter apoiado a eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à Presidência do Senado. No linguajar popular, Do Val ainda “dedurou os coleguinhas”. O relato, como diz o jornal, expõe pela primeira vez como são feitos os acordos de bastidores em torno da divisão dos recursos públicos, neste caso, na contramão do que prega a legislação. O próprio esquema do orçamento secreto fere a Constituição, acrescenta o Estadão, por não respeitar a “transparência” na divisão das verbas, como entendem o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal de Contas da União (TCU). Apesar disso tudo, Do Val discorreu sobre o assunto como se absolutamente nada demais tivesse nessa transação. Ao invés de compra de votos, segundo ele, foi apenas “gratidão”, palavra que repetiu como “excelente” para resumir a destinação da bolada. O senador ainda informou que o valor se referiria à mesma parte dos líderes, que ganham mais do orçamento secreto, e que apesar de não ser um deles, entrou nesse rateio, porque né…”muita gratidão”. Esse “sincericídio”, na atual altura do campeonato, deixa até pulgas atrás da orelha. Em tempo: a eleição de Pacheco foi no início de 2021.
Mas, gente II?!
Além do presidente do Senado, Do Val citou o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o antecessor. Ele que teria informado da “gratidão”. Em resposta ao Estadão, Pacheco disse que “desconhece o assunto”. Já Alcolumbre não se manifestou. O presidente do Senado foi eleito com 57 votos do total de 81.
‘Empenhado’
Nesta quinta, antes ainda da publicação da matéria, o “brasileiro da Swat” fez a seguinte publicação em suas redes sociais: “Como senador, assumi o compromisso de ajudar meu país, especialmente o estado que represento. Assim, independentemente de partido, de coligações e de ideologias, estou sempre empenhado em conseguir recursos, investimentos e lutar pelo crescimento e desenvolvimento do povo capixaba”.
E agora?
Ficaremos no aguardo dos próximos capítulos, porque, sem dúvidas, eles virão! Ô, se virão.
Já pensou…
Os impasses na aliança entre PSB e PT, que não são restritos ao Espírito Santo, já provocaram decisões enfáticas em Pernambuco. O PT formalizou nesta semana a expulsão de 11 filiados, com mandatos, por não seguirem a orientação de apoiar Danilo Cabral (PSB) na disputa ao governo do Estado. Por aqui, a lista de insatisfeitos também é extensa. Se a prática pega, hein…
Já pensou II…
A candidatura do senador Fabiano Contarato (PT), que será retirada em prol do governador Renato Casagrande, foi defendida de todas as formas pela militância e executiva estadual, incluindo parlamentares capixabas. Agora, com a mudança de rota prestes a ser formalizada, o clima tende a ser de convergência entre os detentores de mandato. A militância, nem tanto…
Bom ou ruim?
O ex-senador Magno Malta (PL) aposta na publicação de vídeos nas redes sociais com discursos da equipe do governo federal em apoio a sua candidatura. Começou com o presidente Jair Bolsonaro, depois veio a ministra Damares Alves…
Providencial
Ninguém pode dizer que o livro lançado por Jacqueline Moraes (PSB) não veio em boa hora. Com uma história de vida que tem apelo emocional – o título é Origens, como a periferia me levou para a política e me fez vice-governadora -, ela cumpre agenda de lançamentos em municípios capixabas, matando “dois coelhos de uma cajadada só”. Jacqueline, como se sabe, está em campo para a candidata à Câmara dos Deputados.
Providencial II
Na equipe de Casagrande, quem também se movimentou nesse sentido, mas ainda antes de deixar o cargo, como exige a legislação eleitoral, foi o ex-prefeito de Viana e ex-secretário Gilson Daniel (Podemos). O tema, neste caso, é “Gestão Pública voltada para Resultados”. Ainda no final do ano passado, Gilson saiu por aí lançando o livro e ainda fazendo palestras. Ele está no mesmo campo que Jacqueline, de deputado federal.
Nas redes
“(…) em reunião com sambistas do centro de Vitória, falamos sobre o quanto a Piedade e região, que pode ser considerada o berço do samba capixaba, é ignorada e tantas vezes perseguida pelo município. Falta reconhecimento e respeito às raízes negras e sua cultura (…)”. Iriny Lopes, deputada estadual pelo PT.
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