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Com a retirada da candidatura de Contarato, que deve ser oficializada em breve, como e quando o senador atuará ao lado de Casagrande?

Redes sociais

Embora as negociações entre o PSB e o PT no Estado ainda tenham etapas a serem vencidas, o ponto central mesmo, que é a retirada da candidatura ao governo do senador Fabiano Contarato (PT), já parece amarrado há dias entre as Executivas Nacionais e, por aqui, depois de muita resistência e reações, o tom atual sinaliza para um conformismo tanto da militância quanto do diretório estadual, dentro do projeto prioritário de eleger o ex-presidente Lula e tirar Jair Bolsonaro (PL) do poder. O encontro desta terça-feira (12) entre as legendas ainda não liquidou oficialmente – olha a novela, aí! – o palanque de Contarato, mas a expectativa é que isso ocorra em breve, marcando um novo contexto eleitoral no campo do governador Renato Casagrande (PSB). E aí, resta saber: como e quando o senador, que vem pontuando nas pesquisas, passará a atuar, de fato, na campanha do governador? Até outro dia, com várias arestas a aparar, estava cada bloco para um lado (uma aparição de João Coser em evento oficial foi motivo de alvoroço). O mesmo vale para Casagrande em relação a Lula. Depois de dizer apenas que “votaria 13”, nessa segunda-feira (11) o governador foi mais incisivo: garantiu que só irá fazer campanha e pedir votos para o ex-presidente. Os adversários, embora de partidos que integrarão sua “frente ampla”, se vierem ao Espírito Santo, terão com ele apenas encontros institucionais, como cravou. É outro ponto a se conferir! Já os planos do PT de composição de chapa majoritária, a cada rodada, ficam mais distantes…

Prioridades
Como Casagrande demonstra desde o início das conversas, não há espaço nem interesse para uma candidatura ao Senado petista, como pretendem os professores Célia Tavares e Reinaldo Centoducatte. Ele só quer um candidato e o negócio já está complicado, com a senadora Rose de Freitas (MDB), o ex-secretário Alexandre Ramalho (Podemos) e Da Vitória (PP), além do PSDB, que tem Ricardo Ferraço e Léo de Castro, cobrando espaço.

Prioridades II
Na vice, as articulações também não lançam uma perspectiva favorável. De novo, aparece o nome de Ferraço e do alinhado de primeira fileira de Casagrande, o ex-secretário e presidente estadual do PP, Marcus Vicente. A ocupação dessas áreas majoritárias pelo PT, a bem da verdade, atrapalha os planos do governador de formar sua “frente ampla”.

Contraproposta
Sem negócio nesses campos, o que o PSB oferece ao PT, para além do compromisso com a campanha de Lula, é a participação do partido no seu futuro mandato e no plano de governo. A executiva estadual petista, como se sabe, tem críticas duras à gestão atual, principalmente na área social. O desfecho deve ficar mesmo por aí.

Prato cheio
A prisão do ex-secretário de Estado da Fazenda, Rogélio Pegoretti, um dia após a oficialização da candidatura de Casagrande à reeleição, suspeito de participação em um esquema de fraude fiscal, não passou batida, obviamente, por seus adversários. Na Assembleia Legislativa, os bolsonaristas reforçaram as acusações que fazem à gestão estadual sistematicamente.

Distância
Já nas redes sociais dos candidatos ao governo que têm direcionado críticas diretas a Casagrande, Carlos Manato (PL) disparou falando de corrupção, assim como Arildemo Teixeira (Novo). Erick Musso (Republicanos), Guerino Zanon (PSD) e Audifax Barcelos (Rede), por sua vez, resolveram não colocar a mão nesse vespeiro.

Que coisa…
Pegoretti deixou o cargo no ano passado, alegando “questões pessoais”. As investigações tiveram início ainda em 2020. Depois, com ele já fora do governo, um núcleo da própria Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) identificou elementos e os enviou ao Ministério Público Estadual (MPES), que desbaratou um esquema no comércio de vinho. Resultado: R$ 120 milhões de prejuízos aos cofres públicos.

Vigilância
A violência na campanha e nos dias de votação, assunto abordado na coletiva de imprensa de Casagrande, teve um desdobramento oficial nesta terça-feira (12). Foi publicado o ato que cria o Comitê Integrado de Segurança das Eleições 2022. Assinado pelo secretário Marcio Celante, o grupo irá monitorar o pleito e eventos, e também realizar operações.

Vigilância II
O Comitê contará com representantes de diversas pastas do governo do Estado e das polícias Militar e Civil. Também serão convidados das Forças Armadas e Polícia Rodoviária Federal (PRF), e de pastas das prefeituras da Grande Vitória. O trabalho será finalizado dez dias após a realização do segundo turno, marcado para 30 de outubro.

De cima para baixo
O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) segue protagonizando controvérsias nas articulações de sua candidatura ao governo. Com mais um acordo fechado por cima, pela Nacional, ele anunciou aliança do Pros nessa segunda-feira (11). O mesmo ocorreu com o Avante. Os diretórios estaduais, nos dois casos, não participaram nem concordam com o acordo.

Goela abaixo?
No arco de Audifax, só não teve ruído, mesmo, o primeiro partido que fechou com seu palanque, o Solidariedade. Com o Pros e Avante, veremos como as coisas de desenrolarão nos próximos dias…

Nas redes
“Tenho muito orgulho de ser professora de Enfermagem e formar enfermeiras/os nos cursos de graduação. A atuação da equipe de Enfermagem foi determinante para a prisão do estuprador. Parabéns a essa equipe! Denuncie sempre a violência!”. Ethel Maciel, epidemiologista e professora da Ufes.

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