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Base do PT tenta sair do isolamento e mantém candidaturas ao Senado

Célia Tavares e Reinaldo Centoducatte são os nomes do partido que disputam a indicação para compor chapa 

Leonardo Sá/Ales

Célia Tavares e Reinaldo Centoducatte são os pré-candidatos do PT do Espírito Santo ao Senado nas eleições deste ano. A decisão, confirmada a Século Diário, encontra respaldo entre a militância do partido e será o tema principal da reunião plenária ampliada, marcada para o próximo dia 30, convocada pelos movimentos populares, em Vitória. A movimentação da base da legenda tomou mais impulso depois da retirada da pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo.

A medida, apesar de esperada, por conta da aliança com o PSB, sigla do govenador Renato Casagrande, candidato à reeleição, gerou isolamento do PT nas articulações para a formação de chapas, excluído, também, os nomes de Célia e Reinaldo do campo liderado por Casagrande, que anunciou o senador Ricardo Ferraço (PSDB) como vice e sinalizou apoio à reeleição da senadora Rose de Freitas (MDB).

“Vendo a chapa, com o anúncio do vice, ficou muito pesada. Todos nós sabemos que o Ricardo Ferraço perdeu sua reeleição de senador por conta do mandato dele. Ele era o relator, o articulador da reforma Trabalhista, que retirou muitos direitos. Se compreendeu naquela época, agora mais ainda, porque se prometia gerar emprego, e nós estamos vendo o que aconteceu”, aponta Célia Tavares, reafirmando sua pré-candidatura.

Para ela, o PT pode sair do isolamento se “entender de lançar candidatura avulsa, e é por isso que eu mantenho o meu nome e defendo que a gente tenha alternativas para o Senado, porque dos nomes que estão colocados hoje, a classe trabalhadora não tem nenhum representante, exceto, obviamente, que tenho que fazer o registro das candidaturas do Psol e de outros partidos de esquerda, que já foram testados”, destaca, citando as pesquisas.

“Minha performance é boa, a gente sai com um patamar de 6%, e tem candidatura com mandato, cargo, que está rodando, e sequer nós do PT definimos qual o nome. É por isso que as pesquisas não mostraram durante muito tempo uma candidatura do PT, por conta de ainda não mostrarmos uma definição. No momento em que colocar, teremos uma boa performance”, acentua Célia.

Já Reinaldo Centoducatte, o outro nome do PT para concorrer ao Senado, depois de confirmar que mantém a candidatura, comenta: “Acreditamos ser importante uma candidatura majoritária tanto para construir o palanque de Lula no Espírito Santo, como para o PT se apresentar de forma mais eficaz para a sociedade capixaba. O PT precisa querer ser protagonista e não coadjuvante”.

Sobre a escolha do ex-senador Ricardo Ferraço como candidato a vice-governador, o ex-reitor da Universidade Federal do Estado (Ufes) afirma: “Está dentro da opção que o governador constrói sua coligação, preferencialmente, para satisfazer as classes dominantes do Estado, nada melhor do que inserir na sua chapa um representante do empresariado capixaba”.

Reinaldo enfatiza que, “nesse processo e com essas alianças, junto a Casagrande, as esquerdas terão papel secundário. O interesse de Casagrande, neste momento, é surfar na onda da candidatura e prestígio do presidente Lula, sem qualquer compromisso com um programa que atenda o povo pobre do nosso Estado”, aponta.

A reunião plenária para debater o assunto, convocada pela rede de comitês populares do PT, será realizada no Espaço Vitória, na avenida Leitão da Silva, no bairro Itararé, em Vitória, a partir das 9h30 do próximo dia 30.
Da pauta, se destacam uma moção de acolhimento ao senador Contarato, escolha de nomes para disputar o Senado, e estratégias de campanha do ex-presidente Lula.

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