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Prazo vence e prefeitura não garante dentista para distrito de Santa Leopoldina

Novo argumento para descumprir compromisso com a comunidade é a necessidade de reforma em sala no posto de saúde

A gestão do prefeito Romero Luiz Endringer (PTB), de Santa Leopoldina, na região serrana do Espírito Santo, não encaminhou dentista para o distrito de Chaves, descumprindo, assim, o que foi acordado com os moradores no início de julho. Na ocasião, foi garantido que o profissional começaria a atuar no equipamento até o início da primeira quinzena deste mês.

O primeiro-secretário da Associação de Moradores e de Pequenos Produtores do Distrito do Chaves (Ampac), Carlos David Toffano, o Carioca, afirma que a entidade procurou a secretária municipal de Saúde, Sigrid Stuhr, para saber o motivo. A resposta foi de que é preciso reformar a sala do profissional, o que não havia sido comunicado antes.

Carioca afirma que os moradores irão marcar reunião com a gestão municipal para saber quando a reforma será feita e deixar claro que se a prefeitura não fizer a obra, os próprios habitantes do distrito farão. “Se é assim, a comunidade vai comprar o material, pagar o pedreiro e mandar fazer. A gente fazendo a reforma, eles são obrigados a botar dentista, então. Depois que tiver pronto, não tem mais desculpa de dizer que é por causa disso, por causa daquilo”, protesta.
Não há dentista no posto desde o início de 2021. Até bem pouco tempo, também não havia médico. Entretanto, esse problema foi sanado. Após um ano e meio sem médico no equipamento, foi encaminhada uma profissional para atender semanalmente, mas ela foi somente uma única vez e não mais voltou, fazendo com que os moradores reivindicassem seu retorno. Ela voltou na semana passada e tem atendido às quartas-feiras.
Agora, a associação reivindica que a médica atenda pelo menos duas vezes por semana, para que não haja superlotação em alguns momentos. Os problemas da comunidade com falta de médico começaram no final de 2018, quando deixaram de ser atendidos por profissionais cubanos do Programa Mais Médicos. Com a retirada do governo cubano do programa, após declarações que considerou depreciativas feitas pelo então deputado federal Jair Bolsonaro (PL), atual presidente da República, o distrito passou a ser atendido por um clínico geral.
“Caso necessário, o clínico geral encaminhava a pessoa para um especialista na sede de Santa Leopoldina ou em Vitória”, relata Carioca. Essa situação dificultou, porém, o acesso da população aos profissionais. Isso aconteceu ainda na gestão passada, do então prefeito Valdemar Luiz Horbelt Coutinho (PSB), o Vavá. A partir do início de 2021, já no mandato de Romero Luiz Endringer, os moradores passaram a não contar nem com o clínico geral. O novo posto, antes da chegada da médica, em meados de junho, funcionava somente para atividades como aplicação de vacina e aferição de pressão arterial.

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