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PT barra candidatura avulsa ao Senado e negocia suplência de Rose de Freitas

Ex-pré-candidata ao Senado, Célia Tavares acha a decisão equivocada, mas “o importante é eleger Lula”, diz

Leonardo Sá

O Partido dos Trabalhadores (PT) não terá candidatura avulsa ao Senado nas eleições deste ano, rejeitando a pretensão da militância e dos nomes apontados para compor a chapa, os professores Reinaldo Centoducatte e Célia Tavares. Nas negociações, ainda em andamento com o PSB, o partido tende a aceitar uma vaga de suplente na chapa de reeleição da senadora Rose de Freitas, sendo o mais indicado o ex-deputado estadual Genivaldo José Lievore, de Colatina.

A reunião plenária convocada pela militância para este sábado (30) foi cancelada, em meio à insatisfação de integrantes dos comitês populares, que resistem em dar apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). A informação não foi divulgada pela executiva estadual, mas nesta quarta-feira (27), a ex-pré-candidata ao Senado Célia Tavares divulgou uma carta na qual se diz triste e acha a decisão equivocada.

Depois de agradecer o apoio de cada um e cada uma, ela convoca para a união em torno de uma “luta muito maior, que é derrotar o fascismo e eleger Lula presidente. Lembrando que tão importante quanto eleger Lula é garantir a eleição de deputados e deputadas no âmbito federal e estadual que façam parte do time do Lula”.

“Não podemos esquecer que os desmandos e retrocessos que vivemos em nosso país, onde mais de 33 milhões de pessoas passam fome e onde diversos direitos foram retirados se deve ao apoio que o Congresso Nacional dá ao genocida que está no Palácio do Planalto”, acrescenta o texto. .

“A minha pré-candidatura ao Senado foi uma construção coletiva do Campo Pra Voltar a Sonhar do PT ES, de outros militantes do partido e de vários companheiros e companheiras de diversos setores e entidades dos movimentos sociais que entenderam a necessidade de uma candidatura feminista e de esquerda para garantir a representatividade no Senado Federal, dar sustentação ao governo Lula e reaver direitos da classe trabalhadora que foram retirados”, diz Célia na carta.

Ela esclarece que “nesta estratégia política de construção de um projeto democrático e popular para o ES estivemos, nas diversas instâncias partidárias e junto à base do Partido, construindo a pré-candidatura do companheiro Fabiano Contarato para o governo do Estado”.

Sobre o senador Fabiano Contarato, acrescenta: “A candidatura do Contarato foi um movimento feito não somente pelo PT mas de setores importantes da sociedade capixaba com o desejo de romper com uma política econômica neoliberal e um Estado policialesco para uma política centrada na oferta de políticas sociais e um Estado humanista. Tivemos êxito na construção da articulação do projeto com os movimentos sociais e a sociedade civil”.

Célia Tavares enfatiza que, “devido a atual conjuntura que conduz para uma eleição polarizada, e o enfrentamento ao avanço do fascismo junto ao Estado brasileiro, a candidatura ao governo do PT e a possibilidade de candidatura avulsa ao Senado foi retirada em nome do acordo nacional”.

“Dentro deste contexto, informo aos companheiros e companheiras, às diversas lideranças que me apoiaram nesta trajetória, que a direção nacional do PT e da Federação ‘Brasil da Esperança’ decidiram por não ter uma candidatura própria ao Senado no estado do Espírito Santo”.

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