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​Cotistas: prazo para envio de documentos para a Ufes termina nesta segunda

Jacyara Paiva, presidente da Comissão de Heteroidentificação, alerta para dificuldades dos estudantes 

Os estudantes cotitas pretos, pardos e indígenas aprovados por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para ingressar na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) no próximo semestre, têm até esta segunda-feira (8) para encaminhar a documentação necessária e marcar a data de comparecimento à Comissão de Heteroidentificação, que analisa o fenótipo para saber se a pessoa de fato é alvo da política de cotas. Entretanto, a dificuldade de acesso à informação, faz com que muitos corram o risco de perder a vaga. “A primeira barreira para o cotista é na hora da matrícula”, diz a presidente da Comissão, Jacyara Silva de Paiva. 

A documentação necessária pode ser conferida pelo site, onde também e possível enviá-la. Depois, é só verificar no e-mail o dia e horário de comparecimento à banca de análise do fenótipo, no caso de pretos e pardos. Indígenas não precisam comparecer, somente enviar a documentação.

Jacyara afirma que pretos e pardos não têm muito acesso a informações sobre como funciona a burocracia da universidade. Além disso, normalmente são os mais pobres e os primeiros da família a ingressar na instituição de ensino, não tendo ajuda nesses trâmites. “Nosso esforço é para que possamos garantir de todas as formas o acesso dos candidatos pretos e pardos à universidade, por isso, estamos numa força-tarefa para ajudar esses jovens informando ou até mesmo ajudando a realizar suas matrículas”, destaca.
Ela informa que, além da Comissão, o Movimento Negro, cursinhos populares e Centros de Referência da Juventude (CRJs) se empenham em auxiliar os estudantes e a disseminar as informações. “Para além do envio da documentação, é preciso estar atento à data da entrevista, momento em que o candidato precisar comparecer à banca para verificação da autodeclaração. Sem o comparecimento na banca, não é possível fazer matrícula”, explica.
A banca foi criada em 2017, para evitar fraudes, e o que Jacyara chama de “falta de letramento racial”, ou seja, pessoas que acham que são negras por terem ascendentes negros. Segundo Jacyara, no Brasil, o preconceito racial se dá pelo fenótipo, e não pelo genótipo.
Serviço

Envio de documentos para vagas de Pretos, Pardos e Indígenas Sisu 2022/2

Prazo: 8 de agosto

Dúvidas: [email protected] e pelo site

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